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Considerações sobre História e Região
       Por Prof. Gilberto Abreu de Oliveira

Como nos lembra o historiador Marc Bloch, para se estudar História faz-se necessário realizar análises das ações humanas no tempo, este que deve ser veiculado a um espaço determinado. Assim, ao propor análises sobre História e Região o pesquisador deverá estar ciente de determinados métodos e questões específicas, para que haja perspectivas Metodológicas. Vários autores buscam refletir sobre tais questões historiográficas. Rosa Maria Godoy Silveira, alerta para a Questão de Método, específico deste ‘recorte’ da história. A autora aponta uma série de questões fazendo referencia a produção sobre o tem nos estudos históricos no Brasil.

As concepções positivistas de espaço e região: a anti-história dos lugares” ocupa um primeiro momento de suas reflexões. Aqui a autora busca refletir a problemática espacial e as concepções de região e espaço sob uma ótica da geografia em três vertentes: o espaço como categoria do entendimento; o espaço enquanto atributo dos seres; enquanto ser específico do real. O segundo tópico “A concepção histórico-estrutural de espaço e região: história devolvida aos lugares”, refere-se a uma vertente inovadora do movimento renovador dos estudos espaciais é a chamada Geografia Crítica, que nasce como contra-ponto as questões da Geografia Tradicional, seus atores assumem uma postura política de sua ciência encarando-a como meio de transformação da sociedade

Nota-se a relação necessária entre História e Geografia para problematizar a questão da região e seus estudos específicos como resultados da ação humana. A autora lembra ainda que estudar o espaço significa uma ruptura com a lógica positivista que antes vigorava nos estudos historiográficos. Suas análises apontam para dois elementos fundamentais: a ação humana e a idéia de movimento não no sentido linear, mas na acepção dialética do conhecimento.

Ao finalizar seu trabalho, a pesquisadora lembra neste momento do balanço bibliográfico da utilização no capítulo, referindo-se ao arsenal positivista e o neopositivista que produziu distorções no entendimento da realidade e das práticas políticas, sendo necessária a reconceituação de região, “para compreendermos e explicarmos a realidade o mais aproximadamente possível do que ela é e, assim, nos instrumentalizarmos para ações políticas visando a sua mudança.” (SILVEIRA, p. 41)

Assim sendo, torna-se necessária a compreensão de tais conceitos para os estudos em história. O texto de Rosa Maria, é fundamental para compreendermos as relações existentes entre História, Geografia e Região, uma vez que tais conceitos dependem um do outro para que possam de fato ter valor para o pesquisador, e lembrando a autora: “é inegável que a reconceituação tem profundas implicações para se viabilizarem ações concretas em termos do ensino e da pesquisa da ciência da História” (SILVEIRA, p. 41). A partir de tais apontamentos, podemos considerar que a temática regional vem sendo cada vez mais explorada constituindo-se um problema colocado pelo processo histórico atual, sendo de suma importância e relevância para compreender as desigualdades espaciais e por vezes sociais que pairam sobre a sociedade brasileira, muitas vezes deixada de lado por uma ótica oficial e sem criticidade.


Abraços e Boa Reflexão!

REFERÊNCIAS

BLOCH, M. Apologia da História ou o Ofício do Historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001.

SILVEIRA, Rosa Maria Godoy. Região e História: Questão de Método. In. SILVA, M. A. (org). República em Migalhas: História Regional e Local. p.17-42

 
   
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