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Política
07/08/2015 - 22:31
Palestra do juiz Odilon reuniu cerca de 400 pessoas em Figueirão, o combate ás drogas foi o tema do evento
Foto: Hora da Notícia
Hora da Notícia
O juiz Federal, Odilon de Oliveira proferiu palestra com o tema “desafio para todos” nesta sexta-feira (07) na cidade de Figueirão/MS, distante cerca de 240 km de Campo Grande. Cerca de 400 pessoas estiveram presentes na Escola Estadual Arnaldo Estevam de Figueiredo. O juiz realiza o trabalho voltado para a prevenção contra as drogas e de acordo com ele já esteve em cerca de 35 municípios do Estado. Ele disse ao Hora da Notícia não ter ideia do numero de palestra que já proferiu, mas que há dois anos veem realizando um controle, “são mais ou menos 260 palestras, devo fazer mais umas 90 esse ano”, afirmou.
 
O magistrado é conhecido nacionalmente pelo enfrentamento que faz aos “fora da lei”. Questionado pelo Hora da Notícia sobre o que o levou a encampar esse projeto ele disse que sempre fez esse trabalho, “há três anos tenho esse projeto, mas o que me levou é saber que as pessoas tem necessidade de orientação, principalmente  das periferias, eles ainda acreditam nos juízes, assim um juiz levando orientação para eles é mais eficaz”. Ele destacou que as drogas matam os jovens e matam a família também.
 
Ele esteve em Costa Rica/MS no mês de agosto de 2013 onde ministrou palestra e conheceu o “Projeto Costa Rica Sem Drogas” idealizado pelo delegado de polícia civil e professor universitário, Cleverson Alves dos Santos. Nesta sexta-feira o magistrado que goza de alta credibilidade junto aos meios de comunicação no país fez altos elogios ao projeto e classificou a iniciativa como “magnífica”. O juiz afirmou: “o projeto dele é magnífico, se todos os Municípios implantassem teríamos uma realidade modificada, ele é eficaz e barato, é possível implantar no Estado e no Brasil inteiro, se a gente não cativar o povo, a juventude, não tem resultado”. Ele destacou a forma que o delegado trabalhar, “o Cleverson está fazendo certo, tem que se misturar com o povo, daí o povo vai criando confiança e daí gera resultado”.
 
O Hora da Notícia perguntou ao juiz se a população mais carente sabe quem ele é? O juiz famoso por suas sentenças com penas duras aos criminosos respondeu com simplicidade: “as pessoas tem que estar na mesma condição, tem que desmitificar a imagem de juiz, de prefeito, de presidente da republica, devemos estar em situação de igualdade”. Ele concluiu a resposta afirmando: “as pessoas me conhecem no Estado inteiro, mas sempre busco mostrar a minha imagem como pessoa, não como juiz”.
 
De acordo com ele as palestras são importantes para as comunidades, “servem de orientação para a juventude e aos pais”. De acordo com ele a família tem um papel fundamental na responsabilidade dos pais na criação dos filhos, “não foi realizada uma pesquisa, mas existe um efeito de prevenção, e o efeito pedagógico, e nós representamos o Estado, estamos vendo a situação do povo, as necessidades do povo, em contato com o povo, eu lamento que outros juízes não fazem este trabalho”. O magistrado informou que existe hoje cerca de 15 mil juízes em todo o Brasil, “se todos eles fizessem esse trabalho nas escolas, não precisa só falar sobre drogas, pode falar sobre direito do trabalho, direito previdenciários, de interesses diários,  fundamentalmente sobre o papel da família, temos que fazer coisas que motivem as pessoas”.
 
De acordo com ele a prevenção, a família, a escola e a espiritualidade são pilastras fundamentais para enfrentar a luta contra as drogas. Ele ressaltou ainda que é preciso que tenhamos posturas na vida  para termos sucesso. O juiz não poupa os governos de criticas devido à ineficiência. Ele criticou a falta de estrutura do governo federal e a falta de policiamento nas fronteiras que estão abertas segundo ele por falta de estrutura do governo federal. Outro ponto abordado por ele foi à falta de escolas em tempo integral e a falta de clinicas para tratamento de pessoas dependentes químicos.
 
O Hora da Notícia questionou o palestrante para saber o que o poder público precisa fazer de imediato para evitar que o consumo de drogas se transforme em uma epidemia. Ele foi categórico, “o Brasil é o quarto no mundo em desatenção a família, o Brasil, não da atenção às mães, as gestantes e etc”. De acordo com Odilon é preciso que o país crie um modelo para ajudar na reestruturação da família, “é preciso investir nisso”, afirmou. Os gestores precisam realizar ações mais eficazes nas fronteiras, reforçar o policiamento para evitar que a droga chegue ao país. Ele ressaltou que essa é uma atitude que deve ser de todos, mas principalmente da União. Ele destacou que a iniciativa precisa contar com o apoio do povo na luta.
 
No mês de janeiro último o magistrado fez uma critica contundente sobre a segurança publica no Estado quando escreveu no Jornal Correio do Estado  afirmando que “a segurança estava praticamente falida e sucateada”. O Hora da Notícia quis saber se ele continua com essa visão. Ele foi duro na resposta, afirmou parecer que o Brasil não gosta de ordem, “não estrutura a segurança pública, hoje não se tem segurança para nada”. A resposta na integra: “a segurança pública está sucateada no Brasil inteiro, tem-se a impressão que o Brasil não gosta de ordem, porque quem não gosta de ordem, não estrutura a segurança pública, hoje não se tem segurança para nada, tem Estado pagando salário de policial parcelado, de professores também, as viaturas estão todas sucateadas, não há estrutura, não tem gasolina, não tem nada, o armamento da polícia está pior do que do bandido. Todos os estados estão assim, não estou falando dos policiais, eles tem boa vontade, eles são heróis, eles trabalham com o coração, mas é preciso estrutura, ele (policial) tem que voltar para casa, para sua esposa, tem que ter um trabalho estruturado”.
 
O Juiz e a política:
 
Odilon disse ao Hora da Notícia que a política tem hora que decepciona, porém ele acredita que grande parte dos políticos são honestos, mas ressalta: “muitos são ladrões, são corruptos, daí a população generaliza falando que todos são corruptos, mas na verdade não é”. Ele observou que no Mato Grosso do Sul, tem muitos políticos trabalhadores e honestos. Ele criticou a impunidade dos casos de corrupção, “existe muita impunidade, o judiciário não cumpre seu papel”, afirmou.
 
Questionado se será candidato nas próximas eleições ele afirmou que não. Segundo ele a cerca de três anos veem sendo procurados por partidos, mas não assinou a ficha de filiação em nenhum, “quero continuar com meu trabalho, gosto de ser juiz  e fazer palestras, nas horas de folga falar com o povo”.


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