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Polícia
13/02/2019 - 08:00
Vizinhos denunciam tortura de irmãos antes de morte em operação no Fallet
Vizinhos e parentes dos irmãos Maikon e David Vicente da Silva, mortos durante operação do Batalhão de Choque no Morro do Fallet, no Rio Comprido, denunciaram que os jovens foram torturados por 40 minutos antes de serem assassinados pelos PMs. A denúncia foi feita durante a visita de defensores públicos à favela, ontem, para ouvir testemunhas e parentes dos 13 mortos. Os irmãos, de 17 e 22 anos, foram mortos dentro da casa onde viviam com a mãe, uma vendedora ambulante, na localidade da Biquinha, no alto da favela.
 
— Os PMs entraram no beco por volta das 8h. Bateram nas portas das casas e deram ordem para que entrássemos e não saíssemos mais. Depois bateram na casa onde os meninos estavam. Eles abriram e os PMs entraram. Não dá nem para falar que houve tiroteio. Eles ficaram 40 minutos lá dentro. Os meninos apanharam muito, deu para ouvir eles gritando e chorando. Depois, mataram e levaram os corpos — disse uma vizinha.
 
 
O EXTRA entrou na casa onde, segundo os moradores, o crime aconteceu. O imóvel fica a cerca de 1km da casa em que outros nove jovens foram mortos no mesmo dia, na Rua Eliseu Visconti, principal acesso ao Morro do Fallet. A PM alega que foi até a casa na entrada da favela porque recebeu uma denúncia de que havia traficantes escondidos no imóvel. A corporação, entretanto, não relatou o motivo de ter ido até a casa dos irmãos.
 
Denúncia foi feita durante visita da Defensoria Pública à favela Denúncia foi feita durante visita da Defensoria Pública à favela Foto: Fábio Guimarães
No chão da sala, onde os dois dormiam, é possível ver uma marca de tiro. Após serem baleados, os dois jovens foram levados para o Hospital municipal Souza Aguiar. A sala, segundo parentes dos dois, ficou cheia de sangue. Moradores confirmaram o envolvimento dos jovens com o tráfico, mas afirmam que eles não estavam armados.
 
A mãe dos dois rapazes não estava na casa no momento em que os PMs chegaram. Ela contou que saiu para fazer compras no supermercado mais próximo à favela antes das 8h e, quando voltou, os dois filhos já haviam sido levados. A ambulante não pôde acompanhar o EXTRA até a casa. Desde o dia do crime, ela não consegue mais entrar na residência.
 
— Desculpa, mas não consigo mais entrar lá. Começo a lembrar deles e passo mal — disse a mulher, antes de dar meia volta no beco.
 
A mãe dos dois meninos mortos pediu a parentes para jogarem fora todas as roupas e objetos dos filhos. Ela está dormindo fora do imóvel. A casa, desde a operação, está vazia.
 
PMs levam mortos para o hospital PMs levam mortos para o hospital
Procurada pelo EXTRA para comentar as denúncias, a PM informou que instaurou um Inquérito Policial-Militar para investigar o caso. A Divisão de Homicídios abriu cinco inquéritos diferentes para apurar as mortes.
 
O deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL) propôs que os policiais envolvidos na ação sejam homenageados na Assembleia Legislativa do Rio. “Foi uma ação heroica do Bope e do Choque. Eles ceifaram da sociedade bandidos que tentavam render o Rio”, justificou.
EXTRA
    
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