Eduardo Rocha (MDB), o deputado estadual secretário de Governo e Gestão Estratégica do governo de Reinaldo Azambuja (PSDB), e que será o secretário-chefe da Casa Civil na gestão de Eduardo Riedel (PSDB), disse nesta terça-feira (27) que a presença de sua esposa, Simone Tebet (MDB), como ministra do Planejamento do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), irá ajudar a destravar obras importantes em Mato Grosso do Sul. 

 

“Não teremos uma ponte. Temos uma porta aberta. Até uma porteira aberta”, brincou Eduardo Rocha ao comentar a relação entre o governo de Eduardo Riedel, do qual ele fará parte, e do Lula, do qual Simone Tebet está escalada. 

 

A pasta que será comandada por Simone Tebet será a responsável pelo Plano de Parceria e Investimentos (PPI), que vai gerenciar concessões publicas, parcerias público-privadas e privatizações. “Com o PPI vamos conseguir mexer em rodovias, ferrovias. Temos também a fábrica de fertilizantes que está paralisada” disse Eduardo Rocha. 

 

Rocha lembrou que sua esposa, como ministra, terá um boa interlocução na Petrobras. “Isso vai ajudar que a estatal termine a fábrica, ou que ela venda a fábrica para ser concluída”, afirmou Rocha. 

 

A fábrica de fertilizantes a que Eduardo Rocha se refere é a Unidade de Fertilizantes Número 3 da Petrobras (UFN3), em Três Lagoas, cujas obras foram interrompidas durante a operação Lava Jato, com mais de 80% do trabalho concluído. Foi Simone Tebet, quando prefeita da cidade, que cedeu a área para a Petrobras construir a fábrica.

 

Empreendimento de investimento na casa dos bilhões de dólares, sua falta foi sentida no ano passado, durante o auge da guerra entre Rússia e Ucrânia, dois dos principais fornecedores de fertilizantes para o Brasil. Se estivesse pronta, a UFN3 seria a maior fábrica de nitrogenados da América Latina.

 

“Porteira aberta”

O comentário de Eduardo Rocha foi feito logo após o nome de Simone Tebet ter sido confirmado como uma das ministras de Lula. Segundo Rocha, Simone poderá ajudar a destravar outras obras de infraestrutura em Mato Grosso do Sul.

 

Ele também afirmou que, com ele na Casa Civil de Mato Grosso do Sul, e ela no Ministério do Planejamento, a administração estadual terá muito mais que uma ponte com o governo federal. “Teremos uma porteira aberta”, disse. 

 

Ele, portanto, fez uma ressalva, e disse que, tanto Simone quanto Lula não tratarão Mato Grosso do Sul com diferenciação em relação a outros estados. “Eles não vão fazer distinção”. 

 

EDUARDO MIRANDA E DANIEL PEDRA /Correio do Estado