“[...]De sorte que, assim sendo, dizem, a transnacionalização do sistema capitalista de produção representou a morte do Estado, isto é, seu poder de fazer políticas econômicas e sociais e forma autônoma e soberana.[...]” (Francisco José Soares Teixeira)
As idéias Liberais pensadas inicialmente devidos às mudanças do sistema ainda vigente (mercantilismo) têm como base “[...] os princípios burgueses: propriedade privada, individualismo econômico, liberdade de comercio e de produção, respeito às leis naturais da economia, liberdade de contrato de trabalho (salários e jornada) sem controle do Estado ou pressão dos sindicatos [...]” Muitos defendem que as práticas mercantilistas já não atendiam às novas necessidades das crescentes nações capitalistas, sendo esse um dos motivos principais para o surgimento de teorias que suprissem essas necessidades, onde o “[...]liberalismo rejeita diversos axiomas fundamentais que dominaram vários sistemas anteriores de governo político, tais como o direito divino dos reis, a hereditariedade e o sistema de religião oficial[...]” Um dos teóricos mais influentes desta teoria é Adam Smith, que expressa seus pensamentos em seu livro: “A Riqueza das Nações”, onde ele defende que no liberalismo: “[...] a divisão do trabalho passava a ser elemento essencial para o crescimento da produção e do mercado, e sua aplicação eficaz dependia da livre concorrência, que forçaria o empresário a ampliar a produção [...]” Smith afirmava que o caminho da prosperidade das pessoas e dos países estava na livre organização das atividades produtivas e comerciais. No liberalismo, o Estado se compromete apenas em não interferir na questão econômica, apenas deve garantir o funcionamento e o direito a propriedade privada. ]O declínio do Liberalismo (clássico), se dá por volta do final do século XIX, dando espaço às idéias que defendem a intervenção do Estado na Economia dos países. Com o decorrer dos anos, e com os artifícios do sistema capitalista, surgem novas idéias que defendem um mercado livre e global, que seriam conhecidas como idéias neoliberais, ou simplesmente neoliberalismo. Termo utilizado em dois momentos diferentes, na primeira metade do século XX com idéias voltadas para um Estado regulador e assistencialista. Porém, por volta da década de 1970 passa a ser considerado “absoluta liberdade de mercado”, ocorrendo intervenções do Estado apenas em setores imprescindíveis, ainda assim de forma mínima. Os defensores mais famosos destas idéias são o austríaco Friedrich Hayek, e o norte-americano Milton Friedman. De acordo com os autores “[...] os políticos e economistas neoliberais enfatizam a necessidade da abertura da economia por meio da liberalização financeira e comercial e da eliminação de barreiras aos investimentos estrangeiros diretos [...]” Assim como o liberalismo as práticas neoliberais, defendem a não interferência do Estado nas questões do mercado, para que haja maior autonomia do setor privado. Nota-se claramente isso neste trecho: “[...] o papel do Estado deve restringir-se a disciplinar o mercado, com o objetivo de combater os excessos da livre concorrência e, dessa forma, garantir sua sobrevivência.[...]” O estudo dessas teorias econômicas se faz imprescindível para que se possa compreender o processo histórico de formação do sistema Capitalista. O trabalho aqui apresentado buscou fazer um apanhado geral do que seriam as bases destas teorias que influencia muito as questões econômicas nos dias atuais. O ofício do historiador, se baseia em olhar para essas teorias não discriminando-as, ou desmerecendo-as, mas sim compreendê-las dentro de seu processo, dentro de seu próprio meio, como sendo fundamentais para homens de um tempo. Abraços e boas reflexões
REFERÊNCIAS VICENTINO, Cláudio. “O Liberalismo e as novas doutrinas sociais”. In: História Geral. São Paulo: Ed. Scipione, 1991, p.207. Liberalismo Clássico. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Liberalismo_cl%C3%A1ssico. Acesso em 28 de maio de 2008. FIGUEIRA, Divalte Garcia. Liberalismo, nacionalismo e socialismo na Europa. In: História. Série Novo Ensino Médio. Edição Compacta. São Paulo: Ed.Ática, 2004, p. 154. GIUDICE, Claudia. (dir. red.) Políticas Econômicas. In: Almanaque Abril: Mundo 2005. 1ª Ed. São Paulo: Ed. Abril, 2005, p. 115 Prof. Gilberto Abreu de Oliveira Graduado em História pela FAVA/Cassilândia MS Professor da Rede Municipal de Ensino Professor do Sistema Objetivo
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