Quando perdemos pessoas queridas reagimos de formas diferentes. O ser humano é diverso em suas manifestações emocionais, ainda mais em situações de perdas afetivas, os laços que nos unem as pessoas queridas em nossas vidas, parecem insolúveis, não trabalhamos psicologicamente por medo e insegurança a morte. Sabemos que ela é fato que ira acontecer em nossas vidas, mais negamos sua existência e fugimos do seu enfrentamento, são mecanismos de defesa psicológicas como negação, rejeição e formação reativa que usamos como arsenal de defesa contra idéias de perda (mortes) em nossas vidas.
Como a vida é implacável em seus caminhos, ela (morte) pode vir se tornar real, como é real aceitarmos que haverá um fim físico e material que na quase na totalidade não é acompanhado pelo fim emocional, e isso acontece por varias fatores culturais e espirituais (religiosidade) isso existe como uma maneira de aliviar nossas dores e sofrimentos, é o espiritual ocupando o espaço como balsamo para nossas perdas que nós fortalece para conviver com essas faltas que acontecem na nossa trajetória.
O que a psicologia tenta explicar é que cada pessoa tem uma dinamica psíquica para enfrentar a morte, e o luto, ele é elaborado de diversas formas e instancias emocionais, pessoas que diante do trauma não conseguem elaborar o luto e o processo de aceitação da perda, ou seja, não conseguem introjetar o fator perca e todo processo fica no seu inconsciente podendo levar a depressão, a perca de motivação e auto-estima e até mesmo as doenças psicossomáticas, todo esse conteúdo emocional fica reprimindo machucando a pessoa que sofreu essa perca sem tempo indeterminado.
Em outras situações pode ocorrer o inverso, o individuo pede sim liberar esse conteudo afetivo e elaborar o luto e ter uma aceitação razoável diante da morte. Temos que levar em conta também como acontecem essas perdas, se já é esperado ou inesperado, esse fator é importante e valoroso na elaboração do luto do individuo.
A psicologia vem para ajudar nesse processo de minimizar o sofrimento nesse momento, é importante que pessoas que não conseguem fazer a elaboração do seu luto sejam submetidas a tratamento psicológico (psicoterapia) para trabalharem seu emocional e se levarem de sentimentos como insegurança, medo da ausência, culpa, melancolia e outros sintomas, substituindo os por outros, tiram tristeza e dor e ainda ajuda a fazer o luto. A espiritualidade possa ser trabalhar nos núcleos familiares para fazermos a compensação da perda material pela espiritualidade, por isso é importante que vivamos com intensidade e possamos amar as pessoas como se não houvesse o amanha, porque o grande presente de Deus para nos é a vida. A psicologia como profissão vem explicar nossas reações diante das nossas perdas nos dando condições de entender e trabalhar momentos tão difíceis em nossas vidas. José Magno Macedo Brasil, Psicólogo com Especialização em Abordagem em Psicanálise
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