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A proliferação do crack no Brasil
       Por José Magno Macedo Brasil

Mês de junho ocorreu XII semana antidrogas no Brasil, o assunto foi debatido por autoridades, especialistas e a sociedade organizada, com a intenção de tentar entender e encontrar saídas para o combate à droga que vem devastando a sociedade brasileira. O quadro é preocupante, o momento é urgente, infelizmente estamos perdendo o combate contra o crack e temos que rapidamente nos organizar com medidas eficazes para o enfrentamento da situação.

Estive em Campo Grande junto com a direção do Amor-Exigente para recebemos o premio que nos foi concedido merecida mente pelos serviços que temos prestado no tratamento, recuperação e reinserção social da pendência química, drogas licitas e ilícitas. Nossa representante, Maria Bernadete Ávila Zaher, tem uma atuação importante do programa Amor-Exigente em Mato Grosso do Sul.

O Amor-Exigente vem fazendo uma verdadeira revolução na sociedade brasileira. Nesse evento tive a oportunidade de assistir a uma palestra de uma psicopedagoga de São Paulo, Doutora, Suzane Duppong, ela tem um trabalho reconhecido pela ONU (Organização das Nações Unidas) como fundamental para o combate ao Crack em São Paulo e no Brasil.

O trabalho estruturado por ela tem um raio de ação extenso, ele é desenvolvido nas crocolândias, que são muitas espalhadas pela cidade de São Paulo, assim como nas FEBEM (Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor) e escolas, um trabalho que atinge a todos os faixas etárias e todas as camadas socioeconômicas, um trabalho de tratamento e prevenção em relação às drogas.

A palestra da Doutora, Suzane foi focada principalmente no tema; “proliferação do crack no Brasil”, infelizmente são dados alarmantes, ela revelou que crack é hoke a 3° droga mais consumida no Brasil, só perdendo para a maconha e a cocaína, o aumento do consumo em todos as camadas da população é de 225%, um numero assustador que preocupa muito. Outro fator alarmante em relação à proliferação do crack e seu grau de abrangência em nível socioeconômico, a droga hoje é muito mais consumida pela classe média, isso se constata nas clinicas de recuperação e comunidades terapêuticas, de 10 internos 7 são provenientes do uso do crack. São pessoas de boa situação econômica, ou seja, o crack inverteu o processo, conseguiu infiltrar em todos os seguimentos sociais como uma droga silenciosa e sorrateira destruindo vidas e famílias.

Outra questão debatida pela doutora em sua palestra foi à logística da droga, os traficantes se qualificaram e hoje existem ate serviços de entregas do entorpecente, é serviço “disques crack”, onde motos vão entregar as drogas aos consumidores, abastecendo o mercado da droga, uma verdadeira calamidade pública, estamos impotentes diante do contexto.

É uma droga que não tem signo e símbolo, o crack consegue derrubar todas lógicas de compreensão de sua proliferação social, como disse a doutora Suzane, é uma droga que deixou de atingir o pai rico e passou a atingir a mãe pobre, uma situação em que o usuário (filho) rouba e obriga a mãe a dar seus cinco reais para comprar o folho comprar a droga, não há limites para conseguir a droga, temos a convicção que se algo não for feito com urgência vamos estar entregues ao descrédito para combater esse inimigo tão poderoso.

E para fechar o que foi explanado na palestra, vamos falar sobre o poder devastador das consequências físicas e psicológicas que o crack causa: o crack é o que sobrou da cocaína que é misturada com outras substancias químicas na sua composição final, isso jogado no organismo provoca lesões neurológicas irreversíveis levando a morte em poucos anos, sem falar no seu poder de dependência psicológica, tendo o usuário que usar a droga varias vezes ao dia, o começo do efeito demora de alguns segundos até dois minutos, chega ao final do efeito no Maximo em 15 minutos, para se ter uma idéia, a cocaína demora tem efeito de 40 minutos a 2 horas, isso mostra que o usuário do crack tem que comprar a droga varia vezes e usá-la para aliviar a fissura (desejo da droga) em ciclo interminável que leva a morte prematura.

O que ficou bem compreendido é que estamos envolvidos em uma luta com um inimigo “poderoso” e articulado, que destrói vidas e famílias precocemente, as cracolândias vão aumentando, como relatou a doutora Suzana, é só fazer uma visita a elas e ver as pessoas estendidas no chão praticamente mortas, com consequentes cenários de homicídios, roubos, prostituição, verdadeira convulsão social que acabamos vivenciando neste sentido.

Só existe uma maneira de combater esse quadro: fazer um grande pacto entre os poderes constituídos, entidades e sociedades organizadas, uma grande coalizão social com políticas públicas planejadas que envolva a sociedade fazendo a prevenção através de duas diretrizes básicas: a promoção da estruturação da família junto com a espiritualidade, buscando nos fortalecer em nossas bases, o momento é critico mais as soluções estão em nossas mãos, vamos colocar em prática e nos mobilizar para podermos celebrar a vitória da vida sobre a dor e o sofrimento.

José Magno Macedo Brasil,
Psicólogo com Especialização em Abordagem em Psicanálise

 
   
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