Percebemos em nosso país uma caminhada evolutiva das questões sociais, ainda em passos lentos presenciamos o surgimento de uma consciência social, que envolve a mobilização da sociedade organizada. Estamos conseguindo entender que somente através de uma articulação entre estado, sociedade e entidades de classe, conseguiremos combater e minimizar todos os fatores de risco que envolve este contexto, estamos falando de um cenário social que nos deixa inseguros e preocupados: violência, drogas e má distribuição de rendas, esses fatores geram o caos social em todos os níveis. Essa relação direta da falta de consciência também é presente nas nossas vivencias e relacionamentos sociais. Não é de hoje que convivemos com relacionamentos camuflados na sociedade, sejam no âmbito profissional ou pessoal, a sociedade ainda esconde em seu interior a descriminação e o preconceito pelas pessoas, seja pelas condições econômicas, discriminação por deficiências psicológicas ou físicas, credos religiosos ou pela raça, e por ai vai, são preconceitos que convivemos em todos os seguimentos da sociedade. E é só parar para analisar os comentários pejorativos que ouvimos e normalmente começa dentro dos lares como: “se não estudar vai ser uma empregada domestica”, ou “Isso é comportamento de preto”, ou “Toma cuidado ele é favelado”, e muitos outros termos preconceituosos. A descriminação também é visível na falta de oportunidades que são dadas as pessoas levando em conta sua situação sócio-cutural e econômica, ainda convivemos com essa realidade preconceituosa ela é revestida pela sociedade com hipocrisia e demagogia. Temos que assumir que existe essa postura velada e preconceituosa e começar a nos mobilizar tentando com isso conscientizar novas gerações que o preconceito é um dos comportamentos mais primitivos que uma pessoa pode ter. Mudar as referencias de convivência social e ter o compromisso de nos olharmos e tratarmos baseados em valores igualitários visando com isso uma política social de integração, isso nos permitira minimizar as diferenças sociais e crescermos livres como sociedade e nação, sem ter o fantasma do preconceito que tanto atrasa a evolução social e a democrática do Brasil. José Magno Macedo Brasil, Psicólogo com Especialização em Abordagem em Psicanálise E-mail: [email protected]
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