14/11/2010
Costa Rica: “Omissão silenciosa” dos políticos locais precisa ter um fim
A segurança pública vem dominando as discussões nos últimos dias no seguimento empresarial e até mesmo junto à população em virtude dos assaltos á mão armada e furtos á residências registrados na delegacia de polícia, alguns já esclarecidos. A falta de investimentos em segurança é visto como desleixo do governo e “omissão” silenciosa dos políticos locais que acompanham os fatos e permanecem inertes. O empresário Anderson Ferreira Dias demonstrou preocupação com a violência que vem tomando conta de Costa Rica sem que o poder executivo e legislativo se posicione, ele observou ainda que a sociedade precisa se mobilizar para discutir um plano de ação e cobrar do governo o aparelhamento e estruturação da Polícia Civil e Militar.
Para Anderson alguém precisa encabeçar essa discussão urgente, mas ele ressalta que o poder legislativo, ou seja, os vereadores são os credenciados para encabeçar esse trabalho, “deve partir dos parlamentares que foram eleitos para isso”. O empresário ressaltou que eles devem reunir com as entidades como: Associação Comercial, Rotary Clube, OAB, ONG e a comunidade em geral.
Anderson teve seu estabelecimento comercial assaltado, os funcionários viveram momento de terror com uma arma apontada para que entregasse dinheiro. Para o empresário a sociedade está apática em relação aos problemas do cotidiano da cidade, “é preciso acordar, estamos vivendo uma letargia”. Ele ressaltou que a sociedade organizada de Costa Rica precisa se mobilizar, os comerciantes sabem que segurança pública é responsabilidade do governo do Estado, mas é possível sentar com as entidades constituídas e discutir um plano de ação.
Nessa discussão está incluído o poder executivo e legislativo municipal, “eles não podem ser omissos”, afirmou Anderson.
O empresário defende a idéia da criação de um “conselho” formado por representantes das entidades para gerir as ações no sentindo de discutir a segurança pública para haver uma cobrança efetiva tanto junto ao governo estadual como também junto aos poderes executivo e legislativo municipal.
“Segurança pública é um problema social, o poder público municipal é responsável sim, pela segurança” Anderson destacou que a segurança pública foi esquecida pelo município. “Precisamos valorizar o trabalho da Polícia e apoiá-los” ,disse.
Ele acrescenta a necessidade da implantação urgente de políticas públicas pelo município para dar suporte aos jovens, “não existem programas sociais em funcionamento”. Ele destacou ainda a necessidade de um trabalho junto às escolas municipais no sentido de levar cidadania, “é preciso levar palestras e atividades extracurriculares para que o jovem possa despertar”.
Anderson disse ainda que é possível o comércio dar uma contribuição para o Conselho Municipal uma vez que é organizado, mas destacou que as empresas de grande porte que estão investindo na cidade precisam dar sua contribuição, “O poder público precisa buscar essas parcerias, afinal essas empresas também são responsáveis”, finalizou. Hora da Notícia
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