Com jogadores considerados “medalhões” e uma folha salarial que gira em torno de 30 mil reais, o Novoperário Futebol Clube aspira à possibilidade de entrar na elite do futebol sul-mato-grossense. O time se prepara há três meses para disputar o Campeonato Estadual da Série B.
Com quase dois anos de criação, o clube foi fundado por torcedores do Operário Futebol Clube amargurados com a crise instalada há vários anos e as campanhas pífias no Campeonato Sul-mato-grossense. A paciência desses torcedores se esgotou com dois rebaixamentos consecutivos de um dos times de maior tradição do Estado.
Para conseguir o acesso à primeira divisão, o Novoperário contratou jogadores rodados pelo futebol do Estado como o goleiro Aldo, o lateral Clécio, os meio-campistas Edmilson Dubinha, Andrinho e Cesinha, e os atacantes Serginho e Tom. A frente da equipe está o técnico Paulo Resende, que passou por Operário, Comercial e foi vice-campeão pelo Naviraiense em 2010.
“O Paulinho é um técnico que tem espírito de guerra, que cobra todo o time”, elogia o presidente do Novoperário, Américo Ferreira.
O elenco é formado por 26 atletas, sendo que 21 foram contratados. Para colocar o time em forma, o clube utiliza o estádio Estrela do Sul, localizado no bairro de mesmo nome, em Campo Grande.
Américo promete para o início de julho a apresentação oficial de todos os jogadores e parceiros que estão ajudando a pagar os salários, estadia e alimentação dos atletas. Quando a bola rolar pela Série B, o agora dirigente prevê aumento nos custos que podem chegar a R$ 40 mil reais mensais.
O Novoperário integra o grupo B da segunda divisão ao lado de Coxim, Portuguesa e Camapuã. A estreia do time está marcada para acontecer no dia 15 de julho diante da equipe coxinense.
Projeto social- De acordo com o presidente do clube, cinco atletas vão subir das categorias de base para o time profissional. O Novoperário mantém uma parceria com o Vila Nova, das Moreninhas, onde trabalha com 170 meninos entre 8 e 16 anos de idade. No bairro Estrela do Sul, são 35 adolescentes com 17 e 18 anos.
“O projeto nasceu com a intenção de trabalhar com as categorias de base, mas acabou tomando uma proporção maior”, comenta o presidente do clube. Campograndenews |