www.horadanoticia.com.br
Aqui você lê o que acontece de fato
 
    Hora da Notícia (67) 9924-2726    Busca
   Primeira Página
   Notícias
      › Brasil
      › Alcinópolis
      › Camapuã
      › Chapadão do Sul
      › Costa Rica
      › Figueirão
      › Paraíso das Águas
   Guia de Negócios
   Agenda de Eventos
   Colunistas
   Galeria de Fotos
   Aniversariantes
   Notas Breves
   Charges
   Entrevistas
   Quem Somos
   Expediente
   Anuncie Aqui!
   Fale Conosco
  Informativo
  Cotações
Notícias
Busca 
Agronégocio
01/08/2012 - 06:46
Algodão "patina" com clima e preços baixos
Foto: Divulgação
Portal do Agronegócio
O clima adverso deve afetar o rendimento e a qualidade da produção brasileira de algodão nesta safra 2011/12. Ao mesmo tempo, os preços baixos já desestimulam os agricultores a manter os investimentos para a próxima safra.

Em Mato Grosso, maior produtor nacional da fibra, a colheita já foi realizada em 35% da área. O excesso de chuvas frustrou a expectativa de um aumento de 5% a 10% na produtividade, que deve ficar em 250 arrobas por hectare.

"Como tivemos um ciclo de mais chuvas, a preocupação é se vamos atingir bons níveis de qualidade. Vamos ver qual foi o resultado quando apresentarmos o algodão aos compradores, para saber se há rejeição", conta Jaison Vavassori, gerente comercial da Unicotton, cooperativa que reúne 64 produtores em Primavera do Leste (MT).

De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), os preços da pluma na semana encerrada em 20 de julho recuaram 1,2%, a R$ 48,90 a arroba em Primavera do Leste, patamar semelhante ao observado um ano atrás. Contudo, a queda nas cotações no mercado externo causa apreensão. Desde o início do ano, o algodão já caiu 21,26% na bolsa de Nova York, segundo o Valor Data.

Em 12 meses, a baixa chega a 26,81%. A desvalorização é explicada pelos amplos estoques e pela queda da demanda, reflexo da crise econômica, que derrubou as exportações de têxteis da China (maior consumidor mundial de algodão) para EUA e Europa. Segundo o Imea, as exportações de algodão de Mato Grosso somaram 23 mil toneladas em junho, o menor volume do ano.

A Turquia foi a maior compradora, com 5,7 mil toneladas, seguida da China, com 5,6 mil toneladas. Como cerca de 50% da produção mato-grossense foi comercializada, de forma antecipada, a preços na casa de US$ 1 por libra-peso, os agricultores temem que importadores quebrem contratos. Ontem, os contratos de algodão para dezembro fecharam o dia a 72,19 centavos de dólar em Nova York.

João Carlos Jacobsen, vice-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), acredita que o risco de desacordos com as tradings existe, embora entenda que sejam casos bastante pontuais. "Há dois anos, a situação era inversa: os preços ficaram mais altos e a grande maioria dos produtores cumpriu os contratos mesmo vendendo por menos, às vezes pela metade do valor de mercado naquele momento", lembra Jacobsen, que produz algodão no oeste da Bahia.

A estimativa era de que 60% a 70% do algodão produzido no oeste baiano tivessem sido vendidos antecipadamente, mas essa proporção deve passar de 80% com a queda de rendimento esperada para a região, depois da seca que castigou as lavouras. "A produtividade está em torno de 220 arrobas por hectare, mas ainda há possibilidade de piora.

No ano passado, o rendimento fechou em 270 arrobas", compara Jacobsen. Já o mercado interno, diz Vavassori, ainda patina após a crise do ano passado. "Por conta dos altos preços do algodão, muitas indústrias têxteis acabaram fechando." O fato é que as cotações em baixa do algodão devem motivar uma forte redução na área plantada na safra 2012/13, especialmente no Brasil, nos EUA e na Argentina, que investirão mais em grãos como soja e milho, de maior retorno atualmente.

De acordo com um consultor ligado à Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), a expectativa é que o Brasil diminua em 25% a área destinada à fibra na próxima temporada. Na Bahia, segundo Jacobsen, a tendência é que 30% a 40% dos campos com algodão sejam direcionados para a soja.

Em seu último relatório, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou uma colheita de 1,9 milhão de toneladas de algodão em pluma no Brasil nesta safra, ante a previsão inicial de uma média de 2,02 milhões de toneladas. No ciclo passado, o país colheu 1,96 milhão de toneladas.
    
› Deixe sua opinião
Nome  
E-mail  
Mensagem 
 
Digite as duas palavras que você vê abaixo:
 
 
   
Câncer amplo, linfoma também está ligado à alimentação
    
   
Lei que equipara a injúria racial
    
   
    
Publicidade
Hora da Noticia   |   (67) 9924-2726   |   [email protected]   |   Costa Rica - MS