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Polícia
23/08/2012 - 07:31
Para polícia, morte de primo do goleiro Bruno foi premeditada
Folha Online
Uma das principais testemunhas e réu no processo do desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes de Souza, Sérgio Rosa Sales, 24, foi assassinado ontem (22) em Belo Horizonte com seis tiros disparados por dois homens em uma moto.

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Ele era primo de Bruno e foi o único entre os oito réus que chegou a confirmar o depoimento do adolescente que incriminou o goleiro pela morte de Elize, cujo corpo nunca foi encontrado.

Depois, Sérgio voltou atrás e desmentiu seu depoimento.

A polícia trabalha com a hipótese de crime premeditado, por causa dos seis disparos efetuados contra ele. "Vamos checar a situação de vida dele nos últimos tempos para ver as causas motivadoras dessa execução", disse o delegado Breno Pardini.

Apesar disso, por enquanto nem Pardini nem o chefe do Departamento de Investigações da Polícia Civil, delegado Wagner Pinto, relacionam a morte ao caso de Samudio.

Sérgio foi morto a três quarteirões de sua casa, na zona norte de Belo Horizonte, por volta das 7h.

Dois homens em uma moto se aproximaram enquanto ele caminhava e dispararam em sua direção. Após ser baleado, ele correu em direção a um barracão na rua, em busca de proteção.

O atirador foi atrás e disparou outras vezes, uma delas na cabeça.

TORTURA

Sérgio foi o único réu que prestou depoimentos na fase do inquérito e ajudou a polícia com informações, embora depois tenha mudado as versões e afirmado que fora ameaçado e torturado na delegacia.

Ele chegou a declarar à polícia que Bruno esteve na casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, onde Eliza teria sido morta, mas depois voltou atrás. Na reconstituição que fez, disse que Bruno lhe contou, no local, que Eliza "já era" e que o goleiro chorou.

"Ele prestou informações relevantes para o esclarecimento da autoria [da morte de Eliza], então, pode ter essa hipótese [queima de arquivo], mas só as investigações poderão apontar", disse o delegado Wagner Pinto.

O adolescente que denunciou a suposta trama cumpre medida socioeducativa.

O primo do goleiro Bruno era um dos oito réus do caso e aguardava em liberdade o julgamento.

Ele ficou preso durante um ano e um mês, até ganhar liberdade provisória em 11 de agosto de 2011. Pesou a favor dele o fato de ter colaborado com as investigações.

Sérgio responderia pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (com uso de meio cruel, com impossibilidade de defesa da vítima e cometido com o intuito de garantir a impunidade de outro crime), sequestro, cárcere privado e também ocultação de cadáver.
    
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