A advogada de Lindemberg Fernandes Alves, Ana Lúcia Assad, esteve na P-2 (Penitenciária Dr. Augusto Cesar Salgado) de Tremembé, no interior de São Paulo, para informar seu cliente sobre os preparativos da defesa prévia que deve ser entregue ainda esta semana. Ela disse que seu cliente já se relaciona com os outros detentos: "ele está junto com os outros presos, assiste televisão e joga futebol".
Lindemberg foi intimado oficialmente pela denúncia do Ministério Público na última quinta-feira. As acusações do MP envolvem homicídio duplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, tentativa de homicídio qualificado e cárcere privado.
Segundo a advogada, a defesa prévia de Lindemberg é preparada e deve ser entregue até sexta-feira. "Provavelmente, até o final da semana ou segunda-feira, no máximo, vamos protocolar a defesa prévia dele." Ana Lúcia disse que, somente após isto, os advogados divulgarão a estratégia empregada neste caso.
A advogada disse que Lindemberg deverá receber no final de semana a visita de sua mãe, que não pôde estar com ele até agora por problemas de documentação.
Em relação à reconstituição do crime, Ana Lúcia disse que Lindemberg não irá comparecer. "Ele não participará da reconstituição. Já informamos isso ao juiz e ao delegado. Nós estaremos presentes e iremos acompanhar." A data para a reconstituição ainda não foi agendada, mas pode ocorrer na próxima semana.
Por questões de segurança, Lindemberg foi transferido na noite de 20 de outubro do Centro de Detenção Provisória (DCP) de Pinheiros para a P-2, onde sua integridade física seria garantida.
Depois de ser submetido por 10 dias ao regime de observação, Lindemberg foi transferido para o pavilhão 1, onde ficam os presos que não possuem curso superior. No pavilhão 2 estão os detentos com curso superior, a exemplo de Alexandre Nardoni, acusado de matar sua filha Isabella em março deste ano.
Entre os presos com os quais Lindemberg pode ter contato, estão os irmãos Cravinhos, condenados pela morte de Manfred e Marísia von Richthofen, além do estudante Mateus da Rocha Meira, que matou três pessoas em um shopping em São Paulo e foi condenado em 2004 a 120 anos de prisão. A P-2 conta hoje com cerca de 350 presos e tem capacidade para 408 pessoas.
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