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Política
27/11/2012 - 13:38
Insatisfeitos coletam assinaturas para derrubar Esacheu e eleger Mochi na presidência do PMDB
Midiamax
O prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), assinou na manhã desta terça-feira (27), durante o “I Encontro de lideranças municipais Largando na frente”, um documento de adesão a chapa encabeçada pelo deputado estadual Junior Mochi (PMDB) na disputa pela presidência do PMDB.

A assinatura foi coletada pelo presidente estadual da juventude do PMDB, Ulisses Rocha. Antes de assinar o documento Nelsinho questionou se a chapa era com Mochi presidente, dizendo que o apoiaria. Ulisses respondeu que sim, com um sonoro: “a chapa é nossa”.

O prefeito ainda espera que o atual presidente estadual, Esacheu Nascimento, desista da disputa. Ele lembrou que na maioria dos casos, quando um candidato vê que não terá votos, acaba retirando a candidatura. “Quando vê que não tem assinaturas, não vai só pra bater chapa”. Questionado se acreditava que Esacheu desestiria, Nelsinho declarou que era melhor que o partido não enfrentasse uma disputa.

Nelsinho é um dos maiores defensores da saída de Esacheu. O clima entre eles ficou ruim depois que Esacheu fez uma analise da disputa eleitoral em Campo Grande. No entendimento de Esacheu, Nelsinho saiu enfraquecido da disputa em Campo Grande, já que foi o coordenador da campanha de Edson Giroto (PMDB). A derrota, na avaliação de Esacheu, tornava a vice-governadora Simone Tebet (PMDB) a candidata natural do partido ao Governo do Estado.

Irritado com as declarações, Nelsinho ameaçou abandonar o partido se não fosse o escolhido e lançou a campanha contra o atual presidente, dizendo que uma reeleição dele significaria que o PMDB não o queria mais. As ameaças de Nelsinho desagradaram Simone. A vice-governadora declarou que não brigaria por cargos e rebateu Nelsinho, dizendo que era peemedebista e não abandonaria o partido se não fosse escolhida.

Nelsinho ganhou o apoio do senador Waldemir Moka (PMDB), do deputado Carlos Marun (PMDB) e do irmão, Fábio Trad (PMDB), na defesa de uma oxigenação no partido.

O pedido de oxigenação não agradou Esacheu, que prontamente rebateu, avaliando que “as pessoas que falam em oxigenação estão expelindo gás metano”. O presidente do PMDB afirmou que mantém a candidatura, defendendo um partido onde todos sejam donos e com decisões coletivas.

“Meu pensamento é que não pode ter consenso de cemitério, onde ninguém se manifesta porque não pode mais se manifestar. As coisas precisam ser esclarecidas, não em nomes, mas em projetos. Não tenho política como profissão e sou voluntário. Não existe a necessidade da minha parte de ter cargos. Isso não me motiva. Sou peemedebista e tenho, não somente origem, mas princípios peemedebistas que defendo”, justificou ao reafirmar a candidatura.
    
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