David da Silva, Michel Leandro e Francisco Feitosa, os três que vão a júri Depois de quatro vai a júri popular nesta terça-feira (26) três acusados de envolvimento no assassinato do advogado Nivaldo Nogueira de Souza no dia 23 de março de 2009 em Costa Rica/MS. O júri será no Tribunal do Júri no fórum de Campo Grande/MS, conforme determinou o determinou o TJ/MS (Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul) devido à repercussão do caso para manter a ordem pública e a segurança pessoal dos réus.
Dos sete acusados de participação no crime três serão julgados nesta terça-feira. Michel Leandro dos Reis é acusado de ser a pessoa que estava na garupa da motocicleta e disparou os dois tiros contra o advogado quando ele estava no bar e lanchonete “Meu Cantinho”, localizada na rua Josina Garcia de Melo. Segundo o inquérito ele receberia R$ 7.000,00 pelo serviço, porém Michel só recebeu R$ 5.000,00 de Piá.
Francisco Pereira Feitoza, o “Chicão”, foi o responsável pela operação logística para execução do crime. Chicão foi o homem responsável em dar fuga para Michel após os disparos, ele contou em depoimento que deu fuga para o autor dos disparos, ele usava um veículo Pálio de cor verde, encontrou com os autores do crime em frente a uma academia de musculação conhecida como “Fisio Form”, o garupa da moto (Michel) entrou no carro ainda de capacete e foi deixado próximo ao rio Sucuriú.
O Outro é David Rosendo da Silva, acusado de ter pilotado a moto usada na execução.
O juiz Carlos Alberto Garcete, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri vai presidir a sessão de julgamento que não tem horário previsto para encerrar. A sessão está prevista para iniciar às 8 horas.
Outros acusados:
O autor intelectual do criem foi Oswaldo José de Almeida Júnior, conhecido como “Dinho” que deverá ir a júri no mês de maio próximo. Dinho era agiota e fazendeiro em Costa Rica, ele é acusado de ser o mandante e autor intelectual do crime. O crime foi motivado pelo fato que Nivaldo vinha incomodado Dinho através de ações judiciais contra o mesmo e havia intermediado publicações em dois veículos de comunicação da cidade informando da prisão de Dinho por condenação na lei Maria da Penha. Nivaldo havia penhorado terras pertencentes a Dinho para pagamento de honorários advocatícios que Dinho devia a ele.
Nivaldo foi ameaçado por Dinho no interior da delegacia em 2008 durante a prisão do acusado por incendiar um veículo que pertencia a um devedor de Dinho. Ele disse que iria dar um tiro na testa de Nivaldo. Testemunhas disseram que a vítima relatava que era comum Dinho passar por ele na rua e fazer gestos com o dedo semelhantes a puxar o gatilho de uma arma.
Outro envolvido que deverá ir a júri no mês de abril próximo é Edoildo Ramos, o “Piá”, proprietário de um ferro velho na cidade, descrito no inquérito como “escritório do crime”. Ele é acusado de ser o agenciador dos pistoleiros e de ter cuidado pessoalmente de toda a excussão do crime. Dinho repassava para ele o dinheiro a ser pago aos envolvidos na trama criminosa.
Jair Roberto Cardoso foi o encarregado de contratar os executores e de fazer o pagamento aos acusados.
Wilia Inácio Rodrigues é acusado de ter indicado Michel como sendo o pistoleiro para executar o advogado. O processo foi desmembrado e Wilia recorreu da pronúncia sentença, ainda não tem data para ir a júri.
Nivaldo deixou a esposa, dois filhos e muitos amigos uma vez que morava na cidade e atuava há mais de 21 anos na comarca. Hora da Notícia |