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Política
23/04/2013 - 12:44
Irritado, Puccinelli confirma visita de Dilma e ataca antecessor do partido da presidente
Midiamax

Irritado, o governador André Puccinelli (PMDB) confirmou, nesta terça-feira (23), a visita da presidente Dilma Rousseff ao Estado para entregar 300 ônibus escolares. Ele afastou puxão de orelha por cobrir propaganda federal nos veículos e insinuou que a petista virá para anunciar aliança em 2014. O governador ainda aproveitou para provocar o seu antecessor, o vereador Zeca do PT. Segundo Puccinelli, Dilma lhe telefonou por volta das 20h15 da noite de ontem (22) para anunciar a vinda a Mato Grosso do Sul.

Indagado sobre o clima da conversa, após vir à tona a adesivagem do Governo do Estado para cobrir publicidade federal, ele insinuou que a presidente virá para selar aliança com o PMDB em 2014. “Deixa quieto, vamos ver o que ela vai dizer quando chegar”, reagiu à possibilidade de levar um puxão de orelha da petista. Por outro lado, ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jerson Domingos (PMDB), Puccinelli confidenciou não ter gostado nenhum pouco de logo depois da conversa com Dilma vir a público a vinda dela por meio de reportagem no Midiamax. “Ela disse: quero estar nesta cidade com você e 22h30 sai àquela matéria”, comentou. A irritação se deve a possibilidade de a presidente vir a Mato Grosso do Sul para reafirmar a parceria do Governo Federal na aquisição dos ônibus escolares e desmenti-lo.

Após retornar de viagem ao exterior, o Puccinelli considerou legal assumir a paternidade da aquisição dos veículos pelo fato de o investimento federal ocorrer supostamente em troca de ações estaduais em ponte e rodovia de responsabilidade da União. Depois, porém, ele adotou o discurso da vice-governadora Simone Tebet (PMDB) e alegou “erro técnico” na adesivagem. Ao mesmo tempo, o PT, partido da presidente, acusou uso político dos ônibus, visando barganhar com os prefeitos apoio nas próximas eleições.

Visivelmente irritado, o governador não deixou barato e voltou a atacar seu antecessor. “Do lado de lá eu não sei, só que do lado de cá tem gente que trabalha, não rouba, é competente e sabe fazer projetos, é do partido contrário e sabe tirar dinheiro do governo. O antecessor a mim era do mesmo partido e não sabia tirar dinheiro, talvez porque não tinha projeto e competência”, disparou. Zeca foi governador nos dois primeiros anos do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    
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