A Justiça do Rio negou nesta segunda-feira o pedido de habeas corpus feito pela defesa do pastor Marcos Pereira da Silva, presidente da Assembleia de Deus dos Últimos Dias. Ele está preso desde o início do mês após ser acusado de estupro e de coação a testemunhas do processo.
Os advogados do religioso apontavam falhas na investigação no pedido de liberdade, mas o juiz da 1ª Vara Criminal de São João de Meriti concluiu que não houve qualquer erro no processo e apontou ainda que os motivos que levaram ao decreto de prisão preventiva continuam valendo. A Justiça já tinha indeferido outros dois pedidos de liberdade, em caráter liminar (provisório), feitos a favor do pastor. O mérito dos dois processos, porém, ainda deverão ser julgados.
A Promotoria denunciou o pastor sob acusação de dois abusos sexuais e uma ameaça contra uma das mulheres que prestou depoimento contra ele. Na semana passada, porém, ele também foi indiciado pela polícia sob suspeita de ameaçar duas testemunhas do processo. Segundo as denúncias do Ministério Público, o réu é pessoa de alta periculosidade e ameaça direta e indiretamente as pessoas que o contrariam. A denúncia encaminhada à Justiça aponta ainda que o pastor utiliza-se de sua autoridade religiosa para amedrontar e, até mesmo, aterrorizar suas vítimas.
"O relato é estarrecedor. Revela de forma clara que o denunciado é maquiavélico, de um pobreza de espírito sem tamanho, só para conseguir dar vazão aos seus instintos sexuais. É uma conduta vil, torpe", informou o promotor Rogério Lima Sá Ferreira. |