Nivaldo Nogueira de Souza Os três acusados de intermediarem a execução do advogado Nivaldo Nogueira de Souza no dia 23 de março de 2009 em Costa Rica/MS estão sendo julgados nesta terça-feira (28) pelo Tribunal do Júri da comarca de Campo Grande. Os três, Edoildo Ramos, 40 anos, o “Piá”, Jair Roberto Cardoso 25 anos o “Jair do moto táxi” e Wilia Inácio Rodrigues, 36 anos o “Falcão”, foram ouvidos pela manhã. Antes por vídeo conferência teve o depoimento do acusado de ser o mandante do crime, Oswaldo José de Almeida Júnior, 54 anos o “Dinho” que está preso na penitenciária de segurança máxima em Campo Grande. O corpo de jurados e formado por quatro homens e três mulheres. O juiz presidente da sessão é Carlos Alberto Garcete, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri. Às 11h15, a representante do Ministério Público,Livia Carla Guadanhim Barianio iniciou sua fala, porém a sessão será suspensa para o almoço e retornará em seguida. Acusação: Durante o depoimento Dinho afirmou que conhecia o Piá e que foi um dos contratados por ele para participar do crime, “eu sou um dos mandantes”, afirmou. Segundo Dinho os motivos para matar o advogado eram vários, mas disse que era perseguido por ele, “ele era meu advogado, tirei todos os serviços dele”. Dinho foi além e acusou outras três pessoas que segundo ele tiveram participação no crime. O pecuarista Elson Ferato por ter incompatibilidade com o advogado e que teria pago R$ 25 mil reais, a metade dos R$ 50 mil gastos para cocretizãção do crime, “vinte cinco mil paguei do meu bolso e os outros vinte e cinco o Elson pagou”, afirmou. Disse ainda que Elson foi uma pessoa que o incentivou a matar o advogado. Outra acusada é Helena de Fátima Silva Lacerda, mulher do Dinho que segundo o depoimento, teria ela efetuado o pagamento para a mulher do Piá. O acusado de ser o mandante do crime disse ainda que outro homem conhecido como Wilson do Secador teria pegado o cheque do Elson para levar o dinheiro para o Jair. Ele negou que tenha formado uma quadrilha para assassinar o advogado. O advogado Benedito Arthur de Figueiredo Neto assistente da promotoria informou ao Hora da Notícia que já foi aberto um inquérito policial na delegacia de Costa Rica para apurar a participação dos três acusados. Depoimento do Piá: Já o Piá negou que em seu ferro velho funcionasse o “escritório do crime” como é denominado no processo. As três testemunhas arroladas não compareceram. Ele admitiu serem verdadeiras as afirmações de que participou do crime, porém disse que havia sido convidado para assustar com tiros uma pessoa que ele não sabia quem era, depois Dinho veio e disse que era para matar, ai já não podia mais recusar, pois havia sido ameaçado. Ele informou que recebeu o valor de R$ 10 mil reais para integrar a quadrilha. Piá disse estar arrependido, “eu não tinha nada contra o Dr. Nivaldo”. No final chorou quando falou da família que está longe devido ele estar preso há três anos na penitenciaria da cidade de Paranaíba/MS. Durante o depoimento do Dinho Piá pediu para sair da sala. Depoimento do Wilia: Ele negou sua participação no crime, mas afirmou ter apresentado o executor, porém disse desconhecer o que foi conversado entre eles. Depoimento Jair: Ele também negou participação no crime, mas foi acusado por Dinho de ter sido a pessoa que passava as informações, “ele era o pombo correio”. Jair afirmou que conhecia os envolvidos no crime. Hora da Notícia |