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06/06/2013 - 05:49
Ex-deputado federal acampa em frente ao Planalto e faz greve de fome para pedir mudança no horário do Acre
R7
O ex-deputado federal pelo Acre João Lima Correia Lima Sobrinho, de 60 anos, está há 34 dias em greve de fome na Praça dos Três Poderes, área central de Brasília. Ele luta para que o Estado volte a ter duas horas a menos em relação ao horário de Brasília.

Sobrinho, que também é professor de economia pela UFAC (Universidade Federal do Acre), está acampado em frente ao Palácio do Planalto e diz que a presidente da República, Dilma Rousseff, vetou há três anos um referendo para mudança de horário no Estado.

— O TSE [Tribunal Superior Eleitoral] realizou esse referendo lá no segundo turno das eleições de 2010. Este foi o terceiro referendo da história do Brasil. O primeiro aconteceu no parlamentarismo, com João Goulart; o segundo em 2006 com o desarmamento; e este em 2010 para a mudança de horário lá no Acre.

Ele disse que apesar da liberdade das pessoas votarem em sim ou não, 57% da população decidiu que não queria o horário que até então era imposto pelo governo federal, de apenas uma hora a menos em relação a Brasília, após lei federal de 2008.

No entanto, após os resultados, a presidente Dilma teria vetado o resultado do referendo após tomar posse do governo, no dia 1º de janeiro de 2011. 

Lá no Acre é tudo mais cedo e com esse fuso horário, imposto contra a vontade da maioria da população, há três anos as pessoas enfrentam dificuldades para sobreviver no dia-a-dia. Estou aqui representando meu Estado, como cidadão acreano.

Sobrinho passa o dia sentado embaixo de um guarda-sol e usa banheiros públicos para fazer as necessidades e higiene pessoais.

À noite, entra na barraca cedida por um sobrinho, que também leva água para ele, e dorme com faixas que sinalizam a insatisfação com o suposto veto da presidente.

Para ele, esta seria uma atitude de ditadura, uma vez que o referendo é um ato de soberania popular previsto na Constituição Federal de 1988. 

Ela não tem autoridade legal para vetar o referendo, porque ele é um instituto muito decisivo para ser ignorado desta forma. Ele é maior que todos os poderes e é uma iniciativa da população. Não quero falar com a presidente, quero apenas que ela respeite o que é maior que ela, no caso, este referendo.

A reportagem do R7 procurou a Presidência da República para comentar o assunto, mas até o momento não recebeu uma resposta.
    
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