As homenagens começaram no último sábado no espaço que abrigava o prédio da TAM Express contra o qual a aeronave se chocou Seis anos após o acidente com o voo JJ 3054 da TAM, que matou 199 pessoas no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, os três primeiros réus serão julgados. Maior acidente da aviação brasileira, a tragédia ocorreu em 17 de julho de 2007. Em agosto, começa o julgamento dos primeiros acusados, que respondem por atentado contra a segurança do transporte aéreo. A pena para esse crime chega a até 12 anos de prisão. As duas primeiras audiências estão marcadas para o dia 7 e 8 de agosto na 8ª Vara Criminal Federal em São Paulo. Inicialmente, a sentença estava prevista para sair já nesta data, mas a Justiça Federal decidiu nesta semana que, devido ao grande número de testemunhas, outras audiências precisavam ser marcadas. Assim, em agosto serão ouvidas as testemunhas de acusação, a partir das 14h30. As testemunhas de defesa terão seus depoimentos colhidos em cinco datas: 11 e 12 de novembro e 3, 9 e 10 de dezembro. Os réus serão ouvidos depois disso – e a sentença só deve sair em 2014. A ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) Denise Abreu é apontada pelo Ministério Público Federal (MPF) como corresponsável pelo acidente por ter liberado a pista do aeroporto de Congonhas sem o serviço de grooving - ranhuras que facilitam a frenagem das aeronaves - ter sido executado. O então diretor de Segurança de Voo da TAM, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, e o vice-presidente de Operações da TAM Linhas, Alberto Fajerman, deixaram, segundo o MPF, de seguir o manual de segurança de operações da companhia aérea. De acordo com o órgão, eles “não providenciaram o redirecionamento necessário das aeronaves para outro aeroporto, mesmo após inúmeros avisos de que a pista principal do Aeroporto de Congonhas estaria escorregadia, especialmente em dias de chuva”. Além disso, os dois executivos são acusados de não ter alertado os pilotos sobre a mudança de procedimentos quando o reversor estivesse desativado. Foram essas imprudências que levaram, na análise do MPF, o avião a atravessar toda a pista do aeroporto sem conseguir parar até bater em um prédio no lado de fora do terminal. No local, existe uma praça em homenagem às vítimas da tragédia. A praça Memorial 17 de Julho foi inaugurada em julho de 2012, cinco anos após o acidente. A área, de 8 mil metros quadrados, foi projetada pelo arquiteto Marcos Cartum, que ouviu familiares e amigos das vítimas para criar o espaço. Após a colisão, o prédio da companhia aérea foi implodido e o espaço ficou fechado com tapumes, nos quais fotos das vítimas foram afixadas. A TAM doou o terreno à Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ 3054 (Afavitam), que manifestou à empresa, dias após a tragédia, o interesse em criar um memorial Homenagens pelos seis anos começaram no fim de semana Familiares das vítimas começaram as homenagens pelos seis anos do acidente no último final de semana. No sábado, familiares se reuniram no Memorial fizeram orações e colocaram arranjos florais representando cada vítima. O Coral da Igreja Messiânica Mundial do Brasil, composto de 120 vozes, e a soprano Giovanna Maira participaram da celebração. Após a homenagem, o grupo se reuniu às 16h no salão da Paróquia Nossa Senhora de Gaudalupe, na rua República do Iraque, no bairro Campo Belo, onde foi realizada uma missa em memória das vítimas. Terra |