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Política
19/07/2013 - 19:53
Funcionários de hospitais investigados podem responder por homicídio, diz MPE
Foto: TV MS Record
Record
Paula Volpe
Paula Volpe
O departamento de auditoria do SUS, do Ministério Da Saúde, concluiu a força tarefa que analisou 250 prontuários da Santa Casa de Campo Grande , do Hospital do Câncer e do Hospital Regional. Irregularidades já apontadas pelo Ministério Público Estadual (MPE) foram confirmadas e apontam situações ainda mais graves.

O Ministerio da Saúde concluiu a força tarefa que analisou 250 prontuários médicos do Hospital do Câncer, Santa Casa de Campo Grande e Hospital Regional. Os auditores encontraram irregularidades ainda mais graves que as apontadas anteriormente pelo Ministério Público.

Em 21 páginas, o Ministério Da Saúde descreve a grave situação do serviço de oncologia prestado pelo Hospital do Câncer, Santa Casa de Campo Grande e Hospital Regional.


No relatório, os auditores apontam que, em alguns casos, a duração da quimioterapia foi maior que o adequado. Também foi constatado que pacientes morreram depois de passar por quimioterapia, sem ter indicação para esse tipo de tratamento.

O Ministério Público recebeu ainda a análise detalhada de 17 prontuários médicos. Em um deles, os auditores atestaram que uma paciente com câncer na bexiga não recebeu o tratamento indicado pelos protocolos médicos. Apenas um ano depois, é que o tratamento o cirúrgico - que seria o adequado - foi realizado.

“A auditoria do departamento Nacional do SUS, ela é bastante séria, traz diversos indícios de irregularidades, de atendimento ineficaz, atendimento de má qualidade, em alguns dos nossos hospitais e é isso agora que o Ministério Público terá como foco para de agora em diante cobrar dos órgãos públicos e de controle interno uma eficiência uma eficácia muito maior, no atendimento a nossa população”, diz a promotora, Paula Volpe.

A conclusão da análise dos prontuários será encaminhado a Polícia Civil para que sejam apuradas as condutas criminais em cada caso, mas uma avaliação preliminar do Ministério Publico já aponta para possibilidade de funcionários dos hospitais investigados responder pelo crime de homicídio.

“O Ministério Público já verifica inclusive indícios de crimes dolosos contra a vida ou então de homicídio culposo, mas isso ainda é uma análise preliminar e é necessário que a polícia investigue”, finaliza Paula Volpe.

A promotora falou ainda que o Ministério Público fez uma série de recomendações aos hospitais investigados. Muitas delas já foram colocadas em prática, principalmente pelo Hospital do Câncer. Por isso o atendimento não vai ser prejudicado. (Com informações Luiz Felipe Fernandes, TV MS Record)
    
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