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Política |
30/11/2013 - 17:33 |
Rondonópolis deslancha enquanto municípios do norte sul-mato-grossense “pedalam” |
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Foto: Jéssica |
Assessoria |
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Um exemplo cabal é ilustrado no comparativo da região norte sul-mato-grossense com Rondonópolis (MT). Este município tem 58 anos e fica a apenas 291 km de Rio Verde. Enquanto no MS quase todos os municípios do norte sofrem com problemas infraestruturais tanto das estradas rurais/vicinais quanto das rodovias para escoar a produção, que depende quase que exclusivamente da via rodoviária, Rondonópolis, além de ser beneficiada com a Ferronorte, é a segunda maior economia mato-grossense, bem como o segundo maior parque industrial daquele Estado.
Não para por aí: Rondonópolis acumula ainda os recordes de maior polo misturador de fertilizante do interior brasileiro, maior polo de esmagamento, refino e envaze de óleo de soja do Brasil, maior produtor de MT de ração e suplementos animais. Atualmente está sendo montado no município um polo têxtil e um centro metalúrgico.
Reinaldo Azambuja não só apresentou os dados, mas também conjeturou e questionou os participantes sobre as razões para tamanha diferença de desenvolvimento. “Por que Rondonópolis foi e essa região nossa ficou pra trás? Será que foi incompetência política? Eles souberam aproveitar melhor as oportunidades? Fizeram um planejamento estratégico? Será que aqui teve a questão tributária que hoje é um dos grandes problemas do Mato Grosso do Sul?”, indagou Reinaldo, que mencionou ainda não haver um ramal da Ferronorte até a região sul-mato-grossense em questão.
Outras constatações dos levantamentos do Pensando MS apontam alguns indícios para explicar o atraso do norte sul-mato-grossense: acessos ruins, ICMS elevado, cadeias produtivas desorganizadas, enumerou Reinaldo.
O diagnóstico de problemas assim como a identificação dos potenciais de cada região, no contexto do Pensando MS, visam servir de subsídios para elaboração de um programa estratégico para corrigir distorções e potencializar vocações.
Saúde: calcanhar de Aquiles – Rio Verde sediou o terceiro encontro regional do projeto e pela terceira vez a população apontou a saúde como maior problema a ser debelado. Para o Pensando MS, a região norte compreende os municípios de Alcinópolis, Camapuã, Costa Rica, Coxim, Figueirão, Pedro Gomes, São Gabriel do Oeste, Sonora e Rio Verde.
Para 97,13% das 3,6 mil pessoas entrevistadas, a saúde é o maior problema. Emprego e renda, educação e segurança pública surgem em seguida, nessa ordem. Detalhando o problema maior, a população reclama a falta de médicos especialistas, falta de medicamentos e equipamentos, aponta ainda que de modo geral a estrutura hospitalar é ineficiente.
Potenciais – Quanto à produção de milho, a região conta com o terceiro e o quinto maiores produtores do Estado, respectivamente, Costa Rica e São Gabriel. Quanto ao soja, São Gabriel é também o quarto maior produtor de MS e o maior produtor de sorgo. Outro ponto destacado é a fruticultura: a região conta com o maior produtor de banana (Pedro Gomes), o segundo maior de coco (Rio Verde), o terceiro de Maracujá (Rio Verde) e melancia (Sonora).
Se somarmos soja e milho, a região Norte perde apenas para a região da Grande Dourados como maior produtora de Mato Grosso do Sul.
Para Reinaldo, um dos maiores entraves ao desenvolvimento da região e exploração do pleno potencial é referente aos incentivos tributários. O coordenador do Pensando MS defende a criação de lei de incentivos diferenciados por região. Se não houver a regionalização dos incentivos, segundo Reinaldo, a tendência é enriquecer cada vez mais algumas regiões, como é o caso de Três Lagoas, e empobrecer as demais.
O 3º Encontro Regional contou com a presença do presidente do PSDB-MS, deputado estadual Marcio Monteiro; dos deputados Rinaldo Modesto (PSDB), Dione Hashioka (PSDB) e Zé Teixeira (DEM); dos prefeitos Zé Cabelo (Ribas do Rio Pardo), Yuri Valeis (Sonora), Mário Kruger (Rio Verde) e Douglas Figueiredo (Anastácio), além do presidente do PSDB de Rio Verde, Jorginho Oliveira.
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