Quatro famílias de pessoas que morreram carbonizadas no dia 17 de dezembro de 2013, em um acidente envolvendo uma van com comerciantes de Três Lagoas e uma carreta carregada com carne, na BR-267, em Casa Verde, aguardam há mais de dois meses a identificação dos corpos. Ao todo, 11 vítimas perderam a vida na colisão. O IMOL (Instituto Médico e Odontológico Legal) de Campo Grande recebeu cinco corpos do acidente que matou 11. Dos cinco, apenas um foi identificado e liberado para a família: o da vítima Fabiano Bastos Malaquias. Os outros ainda passam por processo de identificação. “Os corpos foram carbonizados completamente. A parte muscular e as vísceras viraram, literalmente, carvão. Só permaneceram os ossos. O trabalho com DNA a partir do osso é extremamente difícil e quando o osso passa por uma alta temperatura acaba degradando o DNA. Dessa forma, a qualidade e a quantidade do DNA diminuem. É daí que vem a dificuldade da identificação”, explicou o coordenador geral de pericias do Estado, Nelson Fermino Júnior. Após a identificação, o laboratório do IMOL libera o corpo para o perito médico legista fazer a documentação do processo, atestado de óbito e posterior liberação à família. Acidente – A van transportava comerciantes de Três Lagoas, quando colidiu de frente com um caminhão com placas de Dourados, atrelado ao baú com placas de Douradina. Após o acidente os dois veículos pegaram fogo. A maioria dos ocupantes morreu carbonizada. Outras duas vítimas, uma mulher e um adolescente que estavam no caminhão foram socorridos até o Hospital Regional de Nova Andradina. O caminhão transportava cerca 30 toneladas de charque. A van seguia duas vezes por semana para o Paraguai, onde os comerciantes compravam produtos para serem revendidos no Shopping Popular. Das 11 vítimas, três tiveram os corpos liberados para a família no dia seguinte. São eles Miguel Benites Meireles, 38 anos, e os comerciantes Adilson Rodrigues de Souza, 45, e Antonio Pereira Carneiro. |