A Polícia Militar Ambiental encerrou hoje às 08h00 a Operação Carnaval, que teve como foco principal a prevenção e repressão à pesca predatória, em razão de que, diferentemente das últimas três operações carnaval, a pesca estava aberta durante o período de folia neste ano. Foi reforçado o efetivo das cidades com tradição carnavalesca, que coincidentemente também possuem rios piscosos e tradição pesqueira. Além da pesca, as 25 Subunidades desenvolveram também barreiras e combate e prevenção ao desmatamento e carvoarias irregulares, exploração ilegal de madeira, com visitas às propriedades rurais, bem como combate aos crimes contra a fauna, poluição e outros crimes ambientais. Ao todo foram autuadas 31 pessoas e empresas, quase o dobro da operação do ano passado, quando foram 17 autuados. Das autuações, 22 foram por pesca ilegal, sendo 10 pessoas autuadas em flagrante por pesca predatória e 12 foram autuados por pescar sem licença, o que não é crime ambiental, mas somente infração administrativa. As ocorrências relativas à pesca predominaram, porém, outros crimes foram combatidos, com destaques para o transporte de produtos perigosos. Foram sete autuações por este tipo de transporte, sendo apreendidos só em combustíveis 188 mil litros. Houve ainda uma autuação por incêndio em pastagem e uma por maus-tratos a animais. A quantidade de pescado apreendida foi de 40 kg, contra 30 kg da operação passada. Isso demonstra a importância do trabalho preventivo, em que se consegue prender e autuar os elementos que insistem em praticar pesca irregular sem que eles tenham capturado grandes quantidades de pescado. Aliás, seis foram presos sem que tivessem tempo de capturar nenhum peixe. A quantidade de petrechos de pesca proibidos manteve-se dentro dos números das operações anteriores. O número de embarcações e motores de popa foram muitos superiores a todas as operações, desde 2007. Os valores de multas aplicados foram de R$ 124.970,00, ou seja, quase igual à operação anterior que foi de R$ 123.160,00. Apesar da grande quantidade de autuações, os resultados eram esperados pela PMA, pois se sabia da grande quantidade de pessoas praticando pesca nos rios, devido ao Carnaval e, sempre, com mais gente, existe a maior probabilidade de alguém desrespeitar a lei. De qualquer forma, a quantidade de pescado apreendido traduz o resultado da fiscalização intensificada. Não só por prender quem desrespeita a lei, mas também, por dissuadir os que desrespeitariam, caso a PMA não fosse vista. Por esse motivo, a PMA havia prorrogado por mais um dia a operação, além da previsão inicial, que seria de concluir ontem às 8h00. |