A grande sensação da Copa do Mundo segue viva. Após passar pelos gigantes Uruguai, Itália e Inglaterra na fase de grupos, a Costa Rica precisou dos pênaltis para seguir fazendo história e chegar às quartas de final do Mundial pela primeira vez. Após estarem vencendo por 1 a 0, os costarriquenhos perderam o zagueiro Duarte expulso e acabaram sofrendo o empate nos acréscimos. Após mais 30 minutos de prorrogação, brilhou a estrela de Agora, os Ticos enfrentam a Holanda em Salvador no próximo sábado. Em jogo está uma vaga nas semifinais da Copa, algo que antes do torneio era impensável para a Costa Rica, após o time chegar ao Brasil desacreditado por conta do forte grupo no qual foi sorteado. Mas os costarriquenhos passaram por três campeões mundiais para chegar às oitavas e, desta vez, mostraram também disciplina defensiva para dar mais um passo rumo à glória mais improvável da história da Copa. Não foi fácil. Os gregos fizeram jogo duro e obrigaram a Costa Rica a mostrar mais do que velocidade e movimentação no ataque. Diante da Grécia, os quadrifinalistas mostraram também coração, raça e uma boa defesa - ainda que o jogo tenha tido um nível técnico pobre nos primeiros 90 minutos. Na prorrogação, o jogo se abriu e ambas as equipes tiveram perto do gol vencedor. O jogo Ao contrário dos seus últimos jogos, a Grécia entrou um pouco mais ofensiva para as oitavas de final. Talvez a ideia do técnico Fernando Santos era conseguir um gol cedo e trancar a defesa, voltando ao estilo que levou os gregos ao título da Eurocopa há dez anos e os truxe às oitavas de final da Copa. No entanto, foram os costarriquenhos que tiveram a primeira chance, quando Bryan Ruíz achou Bolaños na esquerda em jogada de contra-ataque e quase viu o companheiro abrir o placar. Talvez temendo tomar um gol nas costas, a Grécia se retraiu e voltou ao seu estilo antigo, fechando os espaços na defesa e tentando surpreender na frente. Campbell e Ruíz, destaques ofensivos da Costa Rica, sentiram e não foram bem na primeira etapa. Os europeus capitalizaram com a frustração dos Ticos e quase marcaram com Salpingidis. No geral, porém, o jogo teve baixo nível técnico e as vaias no intervalo foram merecidas por parte da torcida na Arena Pernambuco. Na segunda etapa, mais do mesmo. Pelo menos até Bryan Ruíz voltar a entrar em cena. Aos oito minutos, com um toquinho de esquerda na entrada da área, ele tirou a bola do goleiro Karnezis e abriu o placar para a Costa Rica. O gol fez com que os gregos inicialmente se trancassem, com medo de levarem mais um, àquela altura quase fatal. Os adversários "obedeceram" e foram para cima em busca do 2 a 0. Torosidis chegou a colocar a bola na mão dentro da área, mas o árbitro não viu. Imediatamente, o técnico da Grécia tirou Samaris e colocou Mitroglou, povoando o ataque. A Costa Rica, porém, seguia com o controle do jogo. Até Duarte fazer falta boba, levar o segundo amarelo e colocar fogo na partida. Logo, os gregos tiveram chance com Samaras, mas Keylor Navas fez um pequeno milagre. Até que no começo dos acréscimos, o zagueiro Sokratis fez o que nenhum atacante do seu time conseguiu. Colocou a bola na rede após confusão na área e levou o jogo para a prorrogação. Nos minutos extras, a Grécia seguiu a blitz, motivada pelos vários atacantes em campo. Samaras e Mitroglou tiveram boas chances, mas a Costa Rica teve um grande momento com Brennes. Na segunda etapa, o jogo abriu de vez, com as duas seleções tendo grandes chances de marcar o golzinho salvador. Mitroglou, de novo nos acréscimos, teve a melhor chance de todo o jogo, mas perdeu e o duelo foi mesmo para os pênaltis. Na disputa, os pênaltis foram perfeitos até que Gekas esbarrou em Navas, o herói costarriquenho. No duelo de zebras, só o conto de fadas da Costa Rica segue sendo escrito. |