A conversa de Luiz Felipe Scolari com seis jornalistas na Granja Comary, na segunda-feira passada, incomodou cartolas da CBF. Publicamente, a cúpula da entidade não crítica o técnico, mas longe dos microfones dirigentes enumeram erros que o treinador teria cometido.
Na leitura dos críticos, a atitude de Felipão serviu para blindar apenas o treinador, não os jogadores, muito menos a CBF.
Outra queixa é a de que Scolari teria deixado os atletas expostos, principalmente por dizer aos jornalistas que, se pudesse, faria uma mudança na relação de 23 convocados para a Copa do Mundo.
Na opinião da cartolagem, essa exposição ameaça a harmonia da família Scolari, marca registrada do treinador. Segundo a assessoria de imprensa da CBF, o técnico quis dizer que gostaria de ter contra a Colômbia um jogador com características diferentes em relação aos convocados.
Uma das expressões que se ouve dos cartolas é que ao chamar jornalistas para um canto reservado da Granja Comary, Felipão levou inimigos para dentro da seleção.
Em defesa do técnico, um integrante da delegação da seleção disse ao blog, sob a condição de não ser identificado, que Felipão quis apenas ouvir a opinião de pessoas com quem se dá bem. No entanto, não esperava que detalhes da conversa fossem divulgados. José Maria Marin, presidente da CBF, não foi avisado pelo treinador que a reunião aconteceria.
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