A cidade de Costa Rica começou a receber os chamados bóias frias, vindos do nordeste brasileiro com a missão de cortar e plantar cana no município mesmo sem as tão sonhadas usinas terem sido instaladas no município. Zumerindo Alves Frota 52, responsável pelo transporte e supervisão dos homens no corte ressalta que na cidade de Costa Rica não tem pessoas preparadas para esse tipo de trabalho. A cidade está convivendo com os bóias-frias locais, que trabalham nas lavouras de milho e capina do algodão. O Hora da Notícia acompanhou um grupos de pessoas que estão trabalhando no corte da cana em Chapadão do Sul. Eles estão morando em três alojamentos em diversos pontos da cidade. Esse grupo tem 60 homens e viajam todos os dias cerca de 50 km para chegarem ao canavial. Eles acordam por volta de 4h da manhã, tomam café com leite, recebem a marmita térmica com o almoço do restaurante comida caseira bom Jesus, saída para Baús e segue em um ônibus até a fazenda de onde só retornam para o jantar entre às 17h e 20h. Zumerindo conta que os homens que têm entre 20 e 35 anos de idade, a maioria vieram dos estados da Paraíba, Ceará, Alagoas e Minas Gerais. Ele acrescenta que são homens acostumados a trabalhar no corte com o foiçe (fosse de cortar cana), “o serviço é puxado, é preciso ter muita prática e resistência”, disse Zumerindo. Eles são obrigados a trabalhar com camisa de manga cumprida, proteção nas pernas e cabeça. Os Chamados bóias frias vem de seus estados até São Paulo em busca de oportunidade de trabalho, ali encontraram a empresa que os trouxe para o Mato Grosso do Sul para a qual são contratados por um período de três ou seis meses. Eles recebem por produção 0,32 centavos por metro cortado, por dia alguns deles chegam a cortar até 220 metros, o salário chega até 2 mil/mês. Redação Hora da Notícia
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