A falta de investimentos na estrutura operacional e o sucateamento de viaturas, da Polícia Militar e Civil de Mato Grosso do Sul, comprometem o trabalho de policiamento ostensivo e preventivo que, conforme denúncias, por estas questões, tem deixado de ser feito e quem sofre com o desprezo das autoridades na segurança pública é a população. Como se não bastasse, em condições inadequadas de uso, diversas viaturas estariam paradas em oficinas credenciadas pelo Governo do Estado para manutenção. Uma simples troca de freio, que não custa mais que R$ 500, faz que carros oficiais permaneçam até três meses parados nas mecânicas por falta de empenho para pagamento dos serviços. Conforme denúncias de pessoas que preferiram não se identificar por medo de represálias, a situação enfrentada por homens que deveriam zelar pela tranquilidade da população é caótica. “As viaturas são ultrapassadas, sem freio a disco, air bag, itens básicos de segurança que deveriam ter nos carros usados pela polícia. Algumas estão em uso há 14 anos. O estado crítico delas oferece perigo à vida dos policiais. Falhas podem provocar acidentes graves”, denunciou um policial. Ainda conforme ele, carros ficam três meses parados dentro de oficinas por falta de pagamento. “Não tem como começar o trabalho da manutenção, sem o repasse do valor orçado. A Secretaria de Segurança pode achar que ficou caro e cancelar o serviço, e quem perde é a empresa. Às vezes, uma simples troca de peça fica meses sem ser feita porque o Estado não paga o conserto”, frisou. A demora que ocorre dentro das oficinas reduz ainda mais o número de carros oficiais que deveriam estar à disposição da segurança, trabalhando no policiamento preventivo e ostensivo da Capital. Laura Holsback |