Mariana (dir.) e Luana (esq.) estão internadas Fabíola Freitas de Lima)
Outra jovem que apresentou reação à segunda dose da vacina contra o HPV, em Bertioga, no litoral de São Paulo, voltou a ser internada neste sábado (6). Das dez garotas da cidade que tiveram a reação da vacina, três estão internadas. Elas foram transferidas para o Hospital Guilherme Álvaro, em Santos.
Dez garotas começaram a passar mal horas após terem tomado a vacina na escola, na última quarta-feira (4). Elas apresentaram sintomas como dores no corpo, dores de cabeça e também reação no local onde foram vacinadas. Segundo as mães, algumas tremiam. Todas foram atendidas e medicadas no Hospital Municipal de Bertioga.
As jovens Luana Alves Barros e Mariana Freitas de Lima, de 12 e 13 anos, mesmo medicadas, precisaram retornar ao Hospital de Bertioga porque voltaram a apresentar os mesmos sintomas. Além disso, elas reclamam que não conseguem andar porque não sentem o movimento das pernas. Nesta sexta-feira, elas foram levadas para o Hospital Santo Amaro.
Já neste sábado, uma terceira jovem voltou a sentir os mesmo sintomas de Mariana e Luana e deu entrada no Pronto Socorro Municipal de Bertioga. No final do dia, as três meninas foram transferidas para o Hospital Guilherme Álvaro, em Santos. Elas devem passar por exames e especialistas, como um neurologista, para investigar os casos.
A diarista Fabíola Freitas de Lima, mãe de Mariana, diz que elas estão sendo medicadas. "Os sintomas vão e voltam. O único remédio que elas tomam é para evitar não dar mais problemas. A médica foi bem clara com a gente. Elas correm o risco de ficarem parapéglicas", contou.
Segundo Ministério da Saúde, a vacina é segura e recomendada pela Organização Mundial da Saúde. Quase cinco milhões de meninas em todo o Brasil já foram imunizadas contra o vírus HPV, que é o causador do câncer de colo de útero, o terceiro que mais leva mulheres à óbito no País. Em nota, a Prefeitura de Bertioga informa que as reações estão sendo investigadas e que a orientação da Secretaria Estadual da Saúde é não suspender a aplicação da vacina.
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