Deputado federal eleito, Zeca do Pt Os cargos federais, geralmente, são os últimos a serem distribuídos pelos presidentes da República. Normalmente, eles fazem a composição dos ministérios para, depois de alguns meses, mexerem nas superintendências estaduais. Todavia, lideranças já estão de olho nas composições. O deputado federal eleito, Zeca do PT, é um dos que querem acompanhar de perto a distribuição. Ele pretende fazer limpa nos cargos, principalmente de quem é comissionado do PT e não colaborou com a campanha da presidente Dilma Rousseff (PT). “O cara, para ser superintendente, não tem de ter carteirinha do PT. Mas, precisa representar o governo federal aqui. Se não faz campanha para quem representa, como pode ficar neste cargo? Foram poucos os que botaram a cara na campanha”, criticou. Zeca cita como parceiros o superintendente do Incra, Celso Cestari, do Ministério da Pesca e Aquicultura em Mato Grosso do Sul, dr. Luiz David Figueiró, Departamento Nacional de Produção Mineral, Antonio Navarrete, Secretaria Especial da Saúde Indígena, Hilário da Silva, e dos Correios, João Rocha. “Não vi o do Ibama (Marcio Ferreira Yule), nem do Dnit (Carlos Antonio Marcos Pascoal). A da Anatel (Vera Lúcia Burato M. Sieburger) está lá desde a época do ex-presidente Fernando Collor, indicada pelo Nelson Trad, que já até morreu”, detalhou. Zeca diz acreditar que o governo federal tenha de 30 a 40 cargos em Mato Grosso do Sul, mas afirma que só dois são do PT. “Cobramos que exija no mínimo fidelidade e companheirismo. O ex-presidente Lula (Luiz Inácio Lula da Silva) vem aqui e ninguém aparece lá. Recebi a informação que tinha gente da Funasa com adesivo ‘fora Dilma’. Na Anatel, na segunda-feira depois da eleição, tinha gente lavando o carro para tirar adesivo do Aécio Neves (PSDB) e do Reinaldo Azambuja”, concluiu. PMDB dividido No PMDB de Mato Grosso do Sul há uma divisão. O deputado federal Geraldo Rezende é contra, mas Carlos Marun é favorável a divisão de cargos com o PMDB. “Isso passa por apoio futuro. Existem espaços federais em Mato Grosso do Sul e acredito que a bancada vai conversar sobre o assunto. O governo federal está em momento muito difícil e precisa de apoio” avaliou. A opinião de Marun é diferente da visão de Geraldo Rezende, que após fazer campanha para Aécio, afirma não querer cargo nacional. “Não estou interessado nesta discussão. Passou a época de ficarmos nesta disputa de espaço, quando a gente sabe muito bem que isso só desgastou politicamente todos que se envolveram. Nós em Mato Grosso do Sul tivemos posição contrária a orientação nacional do PMDB. Não temos direito de ficar requisitando nenhuma função”, justificou. |