A Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa adiou mais uma vez o pedido do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para processar o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB). Desta vez, deputados chegaram a votar, mas, curiosamente, foi a vez de um petista ajudar o governador. Os deputados Márcio Monteiro (PSDB) e Lídio Lopes (PEN) foram contrário à autorização, mas o deputado Cabo Almi (PT) pediu vistas, adiando mais uma vez o julgamento. O deputado Marquinhos Trad (PMDB) aguarda o voto de Almi e Márcio Fernandes (PTdoB), vice-líder do governo, não compareceu à reunião. O adiamento acaba ajudando Puccinelli, visto que já está perto de concluir o mandato. Esta foi a justificativa dada por alguns deputados, como Márcio Monteiro, quando o processo chegou à Assembleia. Ele sempre defendeu aguardar o fim do mandato para que o processo caminhe normalmente, vindo para o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, se for o caso. O pedido do STJ para processar Puccinelli está parado há quase cinco meses na Assembleia Legislativa. Ele foi lido na Casa em 6 de julho, mas de lá até os dias de hoje foram várias as justificativas dos deputados para adiar o julgamento. Os vários adiamentos inclui agenda de campanha, troca de relator e até “lapso” de deputado. A CCJ julga pedido do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Gilson Dipp. A solicitação refere-se ao processo 2014/0071032-8, movido pelo ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP) por “crime contra a honra”. Ele acusa Puccinelli de ter lhe ofendido quando disse que “ele caiu por que é um ladrão e montou uma quadrilha para roubar a prefeitura”. Esta não é a primeira vez que a Assembleia Legislativa recebe um pedido para processar o governador André Puccinelli. Em maio de 2012, dos 24 deputados, 15 não autorizaram a abertura do processo e só quatro foram favoráveis. Outros cinco deputados não compareceram à sessão. Na ocasião Puccinelli deveria responder pela troca, sem licitação, por ter assinado escritura sem recolher imposto e trocado a Área do Papa por um valor abaixo do mercado. Ele também deveria responder a questionamentos sobre a privatização da Águas de Campo Grande, que teria ocorrido em troca de obras públicas custeadas pela União e com suspeita de superfaturamento. |