O programa de governo que levou a presidente Dilma Rousseff à reeleição traz como questões centrais a redução das desigualdades sociais e a manutenção do emprego no País.
Em debates, discursos e entrevistas durante a campanha, a presidente citou números para destacar os esforços de seu governo em torno desses pontos, considerados “um caminho que não possui retorno e não admite recomeço, somente mais avanços, mais mudanças”.
Segundo Dilma Rousseff, o Plano Brasil Sem Miséria, capitaneado pelo Bolsa Família, conseguiu retirar 22 milhões de pessoas da situação de extrema pobreza entre 2011 e 2013.
Já os esforços para a manutenção do emprego, baseados em medidas de estímulo à indústria, teriam conseguido gerar cerca de 5 milhões de empregos formais de janeiro de 2011 até maio de 2014.
O plano de governo da presidente aposta também no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) para qualificar a mão de obra de nível técnico e aumentar a produtividade do País, visando, sobretudo, a indústria. O compromisso é criar mais 12 milhões de vagas no Pronatec a partir de 2015.
Inflação
Se o foco em questões sociais foi o ponto forte do projeto de reeleição, o baixo crescimento econômico e o aumento da inflação foram utilizados por adversários para atacar a campanha de Dilma.
Com a inflação beirando o teto da meta, 6,5%, e o Produto Interno Bruto (PIB) negativo em dois trimestres consecutivos, Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) criticaram a política econômica de Dilma, propondo mais independência ao Banco Central e medidas de estímulo à retomada do crescimento econômico.
À época, a presidente manifestou-se contra qualquer medida que pudesse gerar desemprego. No entanto, já eleita, disse que combaterá “com rigor” a inflação e avançará no terreno da responsabilidade fiscal.
A indicação de Joaquim Levy, ex-secretário do Tesouro no governo do presidente Lula, como novo ministro da Fazenda, é vista como um sinal de que a presidente estaria disposta, sim, a tomar medidas ditas impopulares.
Dilma Rousseff prometeu ainda realizar reformas importantes, como a política. “Meu compromisso é deflagrar essa reforma, que é responsabilidade constitucional do Congresso e deve mobilizar a sociedade por meio de um plebiscito.”
Educação
Na área de educação, o programa de governo aponta para a valorização do professor, com melhores salários e melhor formação; a ampliação das escolas em tempo integral para alcançar 20% da rede pública até 2018; e a manutenção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com ampliação dos programas Universidade para Todos (Prouni) e Ciências Sem Fronteiras.
Saúde
Na área da Saúde, o programa da presidente Dilma propõe a extensão da rede de Unidades de Pronto Atendimento (UPA), do Programa Mais Médicos, que passará a ter especialistas e exames laboratoriais. (Agência Câmara Notícias)