A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande) prepara uma verdadeira força tarefa para acabar com a farra de atestados de servidores da pasta. Mas o alvo são os médicos que representam o volume maior de trabalhadores afastados.
Uma circular interna publicada ontem vai ser retificada depois de um mal entendido. No novo documento que vai ser divulgado na quarta-feira (14), o médico que se afastar para tratamento médico por má-fé vai ser suspenso da escala de plantão – que possibilita o servidor ganhar hora extra.
O prefeito Gilmar Olarte (PP) disse que os afastamentos por atestados médicos só serão aceitos em casos extremamente necessários. “Se dá atestado com muita facilidade. Isso traz prejuízo muito grande”, afirmou.
O MPE (Ministério Público do Estado) já está investigando o volume de atestados apresentados por servidores da Sesau. “O promotor de justiça quer esclarecimentos. Quem não quer trabalhar direito e quer ficar morcegando a gente precisa resolver”, ressaltou Olarte.
O número de atestados oficial ainda está sendo levantado pelo Recursos Humanos da Sesau, inclusive para detectar quais atestados não são irregulares. “Estão fazendo levantamento pela folha de presença de dezembro que chegou semana passada”, informou a assessoria. Hoje a secretaria tem cerca de 7,2 mil servidores.
Segundo a assessoria, será criada uma junta médica no Serviço Médico da Sesau para analisar os pedidos de afastamento para tratamento médico. O secretário da pasta, Jamal Salem, foi ao Ministério Público para pedir a investigação da farra de atestados na Saúde.
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