Para evitar o agravamento da crise interna no PT, que poderia enfrentar novo racha na disputa pelo comando regional, o prefeito de Corumbá, Paulo Duarte, decidiu continuar como presidente regional da sigla. Ele divulgou nota para comunicar a decisão nesta quarta-feira (21).
Segundo Duarte, a direção nacional do PT pediu para que ele continue no comando regional do partido. Também considerou a solicitação feita pela executiva estadual do PT.
A saída de Paulo Duarte ameaçava deflagrar uma disputa acirrada pelo comando do partido no Estado. O deputado federal Antonio Carlos Biffi anunciou que disputaria a presidência, mas não obteve o consenso.
Ex-governador por dois mandatos e deputado federal eleito, Zeca do PT anunciou que não votaria em Biffi e, caso não viabilizasse novo nome, ele seria candidato para enfrentá-lo na disputa. A briga poderia levar o partido, que vem procurando mudar para recuperar prestígio, principalmente em Campo Grande, a nova disputa entre os grupos de Zeca e Delcídio do Amaral.
No comunicado divulgado hoje, Duarte não menciona a divisão interna no partido. Ele limitou-se a citar outros motivos. “Os desafios que o partido terá neste ano de 2015, a sua reestruturação interna, o respeito pelos membros do partido, a continuidade dos planos e ações e principalmente os resultados obtidos no último pleito eleitoral”, destacou o petista.
“Para essa decisão também levei em consideração o respeito às instâncias partidárias que me conduziram à presidência no ano passado, em razão de um entendimento de todas as forças do partido, além, é claro, o meu perfil e temperamento, que não me permitem deixar de enfrentar os desafios que me são apresentados”, afirmou.
Além de reestruturar o PT, Paulo Duarte tem como principal desafio as eleições para prefeito em 2016. O mais importante será manter o PT a frente da Prefeitura de Corumbá, que controla pela terceira administração consecutiva.
“Sigo, com muita força, foco e fé, como diz o samba de Paulinho da Viola: ‘Faça como o velho marinheiro, que durante o nevoeiro leva o barco devagar’”, concluiu Paulo Duarte.
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