Em todo o Estado, a colhieta de soja alcançou 10% dos 2,3 milhões de hectares plantados, mas alguns municipios já estão mais avançados, como Caarapó e Amambai, com 20% da oleaginosa colhida, segundo levantamento realizado pela Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul). Os produtores esperam que as chuvas dos próximos dias seja moderada para não prejudicar os grãos.
Em contrapartida, a maioria das propriedades só deve iniciar a colheita em meados de fevereiro. Aral Moreira e Maracaju já colheram 15% da área e Costa Rica e Ponta Porã colheram 12%. O Sul do Estado registra avanço de 11% e no Centro Norte 6%.
Embora a colheita tenha começado mais tarde nesta safra em função do atraso no plantio, prejudicado pela estiagem, o ritmo está apenas 1% atrás na comparação com o mesmo período do ano passado.
Em boa parte dos municípios, a falta de chuva durou por até 15 dias no período de plantio e não foram registrados 90 milímetros de água, volume considerado ideal no período de enchimento do grão. O problema não deve afetar essa etapa da safra, já que conforme o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), as principais regiões produtoras de Mato Grosso do Sul devem receber chuva todos os dias até 7 de fevereiro.
Na valiação do coordenador técnico da Famasul, Lucas Galvan, os produtores devem manter apenas as precauções com a ferrugem asiática, que tem 19 focos registrados pelo Consórcio Anti-ferrugem, parceria entre órgãos públicos e privados para combater a doença.
“O único motivo de preocupação dos produtores é a condição climática. A chuva moderada é importante para os produtores que possuem lavouras no estágio avançado de desenvolvimento, porém água em excesso pode atrapalhar a colheita e até interferir na qualidade do grão”, explica Lucas.
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