Apenas 25% das brasileiras, que têm mais de 50 anos, estão em dia com a mamografia. O número preocupa porque o exame é extremamente importante para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo que mais mata mulheres no mundo todo.
Aos 65 anos de idade, Neiza Pires conta que não faz o exame há três anos. “Ah, estou sempre deixando pra lá, eu nem sou de sair de casa”, diz.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, o número de mulheres que fazem o exame ainda é muito baixo. O último levantamento divulgado pela instituição mostra que menos de 25% das brasileiras entre 50 e 60 anos fizeram mamografia pelo Sistema Único de Saúde em 2013, número que representa apenas 30% do que é recomendado pela Organização Mundial de Saúde para mulheres acima de 50 anos.
“A mamografia ainda representa a principal estratégia para o diagnóstico precoce do câncer de mama. A grande importância dela é o fato de que quando se diagnostica a doença precocemente, é possível atingir metas de cura de até 95%. Toda mulher, a partir dos 40 anos, deve fazer a mamografia no intervalo de um a dois anos, periodicamente”, explica o médico mastologista Clécio Lucena.
Elisete Magalhães está com os exames em dia. Ela faz a mamografia há 30 anos. “Minha mãe teve a doença e eu fiquei em alerta, então faço o exame religiosamente a cada seis meses”, diz.
A mamografia é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e é um exame que depende de indicação médica, como qualquer outro.
O profissional vai indicar a mamografia de acordo com o histórico familiar, a idade ou a suspeita de alguma alteração na mama da mulher. Para quem tem entre 50 e 69 anos, a recomendação é fazer o exame com mais regularidade, já que essa é a faixa de maior risco.
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