O governo do Estado está criando uma estratégia para criar economia com despesas desnecessárias na folha de pagamento – hoje é de R$ 460 milhões. Para isso, a Secretaria de Administração vai reformular a perícia médica e avaliar a situação dos 2.350 servidores cedidos para retornarem às funções de origem.
A reformulação da perícia médica surgiu quando no recadastramento identificaram o caso de um professor que estava afastada do governo por atestado médico, mas dava aula em uma escola particular. “Hoje a perícia médica é feita pela SAD e a Fundação de Saúde, mas vai ficar só com a fundação porque a maioria dos afastamentos é por atestado médico”, explicou o secretário de Administração, Carlos Alberto Assis.
Outra situação que o governo vai rever é o caso dos 2.350 cedidos. Segundo o secretário, a maioria são professores e policiais militares. “Se for necessário manter o servidor no cargo onde está, vai continuar. Mas se ele está num cargo administrativo ganhando muito além para a função, vai voltar aos cargos de origens”, disse.
Carlos Alberto afirmou que os policiais hoje cedidos para diferentes poderes serão reavaliados para reforçar a segurança do Estado, uma das promessas do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). “Se não for estritamente necessário onde estão, voltar para fazer a segurança”, pontuou. Isto porque o tucano está formando mais militares, mas mesmo assim não tem o número suficiente.
Na terça-feira (2), a SAD iniciou o recadastramento dos servidores para formar um banco de dados. Os funcionários serão divididos por profissão e o sistema vai levar outras informações, tanto número de telefone como o histórico profissional.
O titular da SAD entende que é necessário o governo criar o diálogo com os servidores. “O governo é a maior empresa de Mato Grosso do Sul, tem potencial que não sendo está sendo utilizado porque não está comunicando”, ressaltou.
O secretário contou que já percorreu todos os setores da administração estadual para conhecer a demanda dos servidores e se surpreendeu com o que encontrou. “Muitos estranharam quando eu questionava a opinião sobre o sistema. Eles não estavam acostumados, mas eu percorri todos os setores e estou finalizando a planilha. Precisamos de servidores motivados”, completou.
Aposentadoria – Carlos Alberto disse que está preparando um planejamento para a defasagem de aposentadorias. A reposição, segundo o secretário, deverá ser feita com a realização de concursos públicos. “Vamos fazer um planejamento de concurso para repor”, resumiu.
O secretário aposta num levantamento a partir do recadastramento dos servidores. Apesar disso, Carlos Alberto demonstrou conhecimento da idade média do quadro de servidores estaduais. “O Estado vai completar 37 anos e numa houve um planejamento e o funcionalismo está envelhecendo”, finalizou
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