A família da jovem Ana Claudia da Silva Cruz, 24 anos assassinada em Camapuã está abalada e não compreende os motivos para tanta violência e raiva dos autores do crime para tamanha barbárie. O pai da jovem, Adalberto Silva Santos, 55 anos disse ao Hora da Notícia não entender os motivos para o creme, “minha filha era uma pessoa que se dava com todos, não tinha inimigos, ela nasceu e criou aqui em Camapuã andava para todos os lados”.
A jovem deixou duas crianças, um menino de seis anos de idade e uma menina de dois anos, fruto de relacionamentos diferentes, segundo o pai ela morou em Costa Rica/MS por um tempo. Morava na cidade há algum tempo em uma casa cedida pela irmã que fica próximo de onde moram os pais.
A mãe da dona Conceição Maria da Silva, 58 anos contou ao Hora da Notícia que Ana Claudia era a filha caçula dos dez filhos que gerou. Segundo ela sempre cuidou das crianças para a filha trabalhar. A jovem saia de casa todos os dias as 2h40 e viajava cerca de 100 KM até a cidade de São Gabriel do Oeste onde trabalhava para sustentar os filhos.
De acordo com o pai da jovem, Adauto Silva Santos, 55 anos no dia 17 de março ela não foi ao trabalho, tinha que comparecer ao Fórum na comarca pela manhã e depois iria para Campo Grande onde tinha uma consulta médica que agendada para as 15 horas.
Segundo o pai eles começaram a notar algo estranho após as dez horas da manhã do dia 17 quando ela já não atendeu mais o telefone celular. A família disse acreditar que ela tenha ficado em um cativeiro até o dia seguinte quando foi morta e o corpo jogado as margens da BR 060, distante cerca de seis quilômetros, próximo ao trevo que liga aos municípios de Figueirão e Paraíso das Águas.
Segundo a família ela foi ameaçada uma semana antes ser assassinada na porta de sua casa, “essas pessoas queriam até bater nela”, disse o pai. De acordo com ele a jovem andava envolvida com homem casados, “mas isso não justifica o crime”.
A família estava reunida na casa onde moram os pais de Ana Claudia na última quarta-feira (25) quando completaram sete dias da morte e aconteceu a missa.
A tragédia abalou a família que agora aguarda as investigações da polícia que deve apontar os autores do crime bárbaro, “queremos justiça”, afirmou a Irma da vítima.
Fernando França
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