Delegado Cleverson
No último dia 29 de março de 2015 o delegado Cleverson Alves dos Santos, 43 anos completou cinco anos a frente da delegacia de polícia de Costa Rica/MS. O policial chegou à cidade em uma época que a população estava à “mercê da própria sorte”, crimes considerados quase insolúveis estavam à espera de respostas, a sociedade cobrava. O baiano Cleverson é natural da cidade Itapetinga, casado, pai de duas filhas, 19 anos de experiência na Polícia Militar de Brasília chegou à cidade, determinado, iniciou uma verdadeira “caça aos criminosos e foras da lei”, os crimes um a um começaram a serem revelados pelo “delegado corajoso” e sua equipe.
O delegado que também é professor universitário de direito, cursa doutorado na Argentina. Ele encontrou uma cidade onde a população estava desesperançada em relação ao esclarecimento de crimes graves como a execução do advogado Nivaldo Nogueira de Souza ocorrido no dia 23 de março de 2009, o crime deixou a população atordoada. O delegado recém formado pela a academia de polícia do estado mergulhou nas informações existentes nos inquéritos, em poucos dias acusados começaram a serem presos e o crime foi esclarecido.
Educado, de bom trato para com a sociedade ele trabalhava dia e noite na busca de dar uma resposta em relação a outros crimes violentos como o assassinato do moto taxista Carlos Henrique Felix Coelho Filho morto no dia 09 de janeiro de 2008. No dia 30 de agosto de 2011 o delegado fez à prisão dos acusados.
A mãe do moto taxista Ione Feliz da Silva definiu a competência do delegado em uma frase: “esse delegado foi “raçudo”, disse ela para o Hora da Noticia no dia 02 de abril de 2004. A mãe se encontrava em um momento de fragilidade pela perda do filho, recebeu a visita do policial e elogiou a simplicidade e a preocupação do ser humano para com ela: “a maneira que o delegado trata as pessoas é única, “ele é educado, simples, já veio aqui na minha casa”, concluiu.
O homem responsável em manter a ordem na cidade não deu trégua aos traficantes de droga que proliferavam na cidade, um a um foi colocando na cadeia. A essa altura já havia caído na graça da população que já habitavam “uma cidade limpa”.
Ele idealizou e colocou em prática o programa “Costa Rica Sem Drogas” que foi reconhecido no país, muitas palestras foram proferidas no Brasil sempre visando o combate ao tráfico de entorpecente. De acordo com ele o programa se baseia no tripé da prevenção, repreensão e recuperação.
O delegado ficou responsável por três Municípios, Figueirão, distante cerca de 70 km e Paraíso das Águas, distante cerca de 120 km até o fim de 2014. Hoje ele é responsável por 556 inquéritos em andamento, 122 TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) e 17 atos infracionais envolvendo menores. Segundo ele os Boletins de Ocorrência registrados apontando violência doméstica atingem cerca de 30%.
O delegado já estava esgotado pelo número de trabalho na delegacia de Costa Rica, uma reivindicação antiga foi efetivada no dia 07 de abril de 2014, outro delgado tomou posse, Hoffman Davila Candido de Souza foi efetivado na comarca, mas durou pouco, no mês de janeiro de 2015 ele foi transferido para Campo Grande e o professor delegado continua sua luta ao lado da equipe de onze agentes e o pessoal do administrativo.
Ele reconhece que o tráfico de drogas ainda é um grande desafio, ele gravita diversos crimes como roubo furtos e homicídios. Segundo o policial em Costa Rica não existe mais as chamadas “boca de fumo” hoje os traficantes usam o mecanismo da “boca móvel”.
Ações que serão implantadas:
O delegado trabalha nas vertentes da repressão e da educação com isso busca o diálogo entre as pessoas como forma de solucionar conflitos. Ele trabalha para instalar junto à delegacia de polícia o “Centro de Mediação de Conflitos”. Essa iniciativa visa facilitar a conciliação nos casos como acidentes de trânsito e pensão alimentícia assim como outros conflitos que podem ser mediados para não se tornarem ações no judiciário: “vamos estimular o diálogo com a comunidade”.
Segundo ele vai reimplantar a “Oficina dos Sonhos” que será uma força tarefa de enfrentamento e combate a repressão ao tráfico.
O amigo de todos:
O doutor Cleverson como é tratado, é um delegado linha dura com os marginais, porém admirado pelos colegas. O escrivão de polícia Valdir Marcondes Gomes, destaca: “ele não é um chefe, é amigo de todos”. De acordo com Waldir o policial tem idéias renovadoras, “é preocupado com a segurança pública, idealizador do Projeto "Costa Rica Sem Drogas”. Ele é uma pessoa dinâmica, juntamente com sua equipe e as forças policiais, com apoio do Ministério Público e Poder Judiciário, conseguiu apurar autorias de crimes de forma muito rápidas proporcionando mais conforto e confiança nas polícias que trabalham juntas em prol a sociedade.
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