O combate ao uso de drogas continua sem trégua em Costa Rica/MS. A iniciativa do delegado de Policia Civil, Cleverson Alves dos Santos de proferir palestras em escolas e eventos, tem levado cada vez mais diretores de escolas públicas a solicitarem o empenho do policial para colaborar com a educação de crianças e adolescentes os despertando para que fique longe do vício dos entorpecentes.
Nesta quarta-feira (15) a diretora da escola Francisco Martins Carrijo, onde estudam 506 alunos, Claudia Neves dos Santos Barbosa recebeu o delegado acompanhado do advogado Ramiro Piergentile Neto, eles conversaram com alunos com idade entre 06 e 16 anos sobre o tema, nos dois períodos de aula.
A diretora disse ao Hora da Notícia que nesse ano percebeu que alguns alunos estão mais agressivos, estão usando cigarro na escola, “já tomamos as medidas, os pais foram chamados para comparecer a escola, mas nem sempre eles comparecem, quando vêem conversamos”, disse. Os alunos rebeldes são advertidos, alguns já foram suspensos, “mas nada disso resolve, a suspensão eles acham bom, não precisam vir na escola, então resolvi ligar para o delegado vir fazer palestras com eles”, disse a diretora.
Ela disse acreditar que sendo uma autoridade policial falando sobre o assunto sensibiliza, “toca mais, acredito”, afirmou Claudia. De acordo com ela quando percebem que os alunos estão enfrentando problemas à família e comunicada, assim como o Conselho Tutelar.
A palestra desta quarta-feira foi ilustrada com a apresentação de vídeos. O delegado disse aos alunos que o primeiro contato com as drogas geralmente ocorre na adolescência, “ali mesmo na roda de amigos”. Cleverson contou aos alunos que em Costa Rica há quatro crianças vítimas do CRAC, “eles andam pelas ruas, parecendo um zumbi”, afirmou. Ele deixou bem claro: “droga mata”.
O advogado Ramiro Neto destacou os males que o vício em drogas causam, “são danos físicos, psíquicos, espirituais e sociais”. De acordo com ele a influência dos amigos, a curiosidade, o prazer e a baixa ou auto estima são principais motivos para as pessoas ingressarem no mundo sombrio do vício.
Ramiro salientou aos alunos que quando uma pessoa se envolve com drogas não é só o usuário que sofre: “a família toda fica doente”, concluiu.
Os alunos aprovaram a iniciativa e destacaram a desenvoltura e a forma inteligente e descontraída dos palestrantes.
A aluna Evelaine Silva, 13 anos esteva concentrada durante toda a fala dos visitantes e acrescentou: “gostei muito, foi esclarecedora, isso nos motiva a estudar e não usar drogas”.
Já o aluno Max José Rose, 14 anos estudante do 9° ano disse ter sido despertado pelas consequências que as drogas causam: “eu não conhecia o CRAC, é assustador ver como as pessoas ficam quando usam a droga”.
O aluno Dionatan Silva dos Santos, 15 anos estudante do 7° ano advertiu: “é interessante para quem fuma procurar ajuda enquanto há tempo”.
Também companharam o delegado a escrivã Milena Maria Sardinha, e o investigador Antonioni Fernandes.
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