Fabiano Viana Otero, apontado pela polícia como peça-chave do inquérito que investiga escândalo sexual envolvendo o vereador Alceu Bueno (PSL), foi preso por policiais do SIG/DPC (Serviço de Investigações Gerais da Polícia Civil) por volta das 16 horas deste domingo (26), na residência de sua mãe, no Bairro Santa Emília, em Campo Grande. Ele é citado como responsável pela extorsão no caso. A polícia chegou até o local por meio de denúncia anônima.
Havia mandado de prisão decretado desde a semana passada, por isso Fabiano já era considerado foragido. O advogado Hamilton Ferreira de Almeida confirmou a prisão e disse que insistirá no pedido de delação premiada. Ele promete contar tudo o que sabe sobre o escândalo, em troca da liberdade.
Fabiano foi encaminhado à DEPAC (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga e deve ser apresentado na DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), que conduz o caso, nesta segunda-feira (27).
Caso
O delegado Paulo Sérgio Lauretto revelou na quinta-feira (23) que o ex-vereador Robson Martins, Fabiano Viana Otero e o empresário Luciano Pageu, proprietário da revista Altar, presos no dia 16 deste mês, seriam indiciados pelos crimes de extorsão, favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável e por corromper ou facilitar a corrupção de menores, cujas penas variam de um a dez anos de prisão.
Luciano foi preso em flagrante no estacionamento de um supermercado de Campo Grande com um envelope em mãos que continha R$ 15 mil, valor que estaria recebendo de extorsão para não divulgar as imagens de Alceu Bueno com as adolescentes. Fato que foi desmentido pelo empresário que afirma se tratar de uma 'armação', pois ele tinha intenção de alertar o parlamentar a respeito de um funcionários que tinha tal propósito.
Já Alceu Bueno e Sérgio Assis foram indiciados pelo crime de favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável, por terem praticado ‘conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 e maior de 14 anos’, com pena de 4 a 10 anos em regime fechado.
O delegado revelou que ao todo o inquérito tem dez trechos de filmagens, com mais de duas horas. Todo o material foi encaminhado para o instituto de criminalística. Apesar de ainda não ter o laudo final, Lauretto revela que já é possível identificar Alceu e Sérgio no vídeo. “Fizemos uma análise visual e foi perfeitamente reconhecido”, frisou.
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