O ex-presidente regional do PDT, João Leite Schmidt, que deixou a função em fevereiro deste ano, deve montar uma chapa e disputar a eleição do diretório, afirmou o deputado estadual, Beto Pereira (PDT). Até então, o nome do deputado federal, Dagoberto Nogueira seria encaminhado ao comando regional por consenso.
João Leite chegou a dizer que não iria à convenção do partido, que acontece na manhã desta sexta-feira (19), por não concordar com modificações que teriam ocorrido na chapa. “Se fosse disputa leal, até aceitaria”, disse.
Ainda segundo Beto Pereira, havia consenso na indicação dos 70 integrantes do diretório, no entanto, cinco dias antes da convenção de hoje, alguns nomes foram excluídos – nomes que não seriam ligados ao deputado Dagoberto.
Por isso, deve ser montada uma chapa com João Leite Shimidt, como presidente, e o deputado estadual Felipe Orro (PDT), como vice, adiantou o parlamentar.
No fim de 2014, o partido enfrentou uma pequena crise, após apoiar o senador Delcídio do Amaral (PT), que concorria ao governo estadual. Depois da derrota do petista, Schmidt procurou o então governador eleito, Reinaldo Azambuja (PSDB), em busca de parceria. À época a atitude causou mal-estar na cúpula, mas o dirigente alegou que as eleições haviam ficado para trás e era hora de olhar para frente.
Hoje, embora sejam aliados à Presidente da República, Dilma Rousseff (PT), em Mato Grosso do Sul a bancada faz parte da base do chefe do Executivo. Desde o início do ano o relacionamento com o PT está em crise. O desgaste começou depois que o partido contrariou o governo na votação das MPs (Medidas Provisórias) 664 e 665, que, dentre outras coisas, alteram regras para acesso ao seguro-desemprego e restringem direitos previdenciários, Lupi teceu duras críticas à presidente.
Além da eleição, o partido também deve filiar nos quadros. A intenção é fortalecer a sigla, para sair com chapa pura em 2016, disse o vereador Paulo Pedra (PDT).
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