Após conversas com a direção da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), o governador Reinaldo Azambuja decidiu voltar atrás e manter a participação dos servidores administrativos nas eleições para diretores das escolas públicas do Estado. Em abril, o governador havia enviado à Assembleia Legislativa, projeto que fazia alterações no processo de eleição para o cargo.
Entre os pontos que causou maior polêmica entre a categoria foi o que determinava que poderiam participar do pleito apenas os profissionais concursados na área do Magistério, o que excluía os administrativos. Na época o presidente da Fetems, Roberto Botarelli, afirmou que o projeto era um retrocesso ao excluir membros do setor administrativo.
O deputado Pedro Kemp (PT), também havia apresentado emendas ao projeto da eleição dos diretores, entre elas a de que alunos acima de 12 anos possam votar e que os administrativos, com formação, tenham direito a se candidatar.
Com a discussão, o projeto foi retirado da pauta de votação para sofrer alterações. Os professores chegaram a paralisar as atividades por um dia em maio para ir a Assembleia protestar contra as mudanças. Após o acordo, o governador decidiu manter o direito de participação dos administrativos, porém eles serão obrigados a realizar uma prova para comprovar a aptidão ao cargo.
Além da volta do projeto a pauta da Assembleia, o governo também vai encaminhar projeto de lei que estende os benefícios salariais aos professores até 2021, ajustando os ganhos ao piso nacional de 20 horas.
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