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Geral |
17/02/2009 - 09:34 |
Cliente é obrigado a tirar botinas para entrar em agência bancária |
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Foto: Correiod Sul |
Midiamax |
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Jornal Correio do Sul flagrou a situação de constrangimento vivenciado pelo trabalhador O eletricista Heinbert Jürgen Wasen, de 42 anos, teve que tirar a botina para entrar na agência do Banco do Brasil, ontem pela manhã, em Naviraí. Cliente da agência, Wasen foi surpreendido pelo tratamento recebido.
“Fui descontar um cheque de um cliente. Era quase 11 horas. A catraca (porta giratória) travou e eu fui pedir ajuda porque sou eletricista e minha botina é muito reforçada. O guarda me mandou falar com uma pessoa do banco que me mandou ir para casa trocar de calçado”, relatou ele ao Midiamax.
Nervoso porque estava no horário de trabalho e sentindo-se contrangido, Wasen decidiu colocar a botina na caixinha onde havia deixado chaves e aparelho celular.
“Entrei descalço e o gerente viu e nem se importou. As pessoas ficaram rindo, liguei pra imprensa e na saída quando eu fui calçar minha botina o gerente veio me atender dizendo que é medida de segurança”.
Agora, o eletricista prepara uma ação na Justiça contra a agência do Banco do Brasil. Wasen esperava ao menos que a equipe da agência tivesse dado o mesmo tratamento prestado aos deficientes: liberado a entrada dele pela porta ao lado da giratória.
Procon
O diretor-superintendente do Procon (Superintendência para Orientação de Defesa do Consumidor), Lamartine dos Santos Ribeiro, considera a situação um mau exemplo de atendimento. “É preciso que ele acione a Justiça. Naviraí tem o juizado de pequenas causas e lá, ele tem que entrar com ação de reparação por danos morais”.
Indagado sobre até que ponto a questão da segurança exige posturas rígidas das agências, Ribeiro abriu um parêntese e disse que “a porta giratória é apenas um dos itens de segurança. Caberia à segurança fazer a revista no cliente e logo permitir a entrada pela outra porta, assim como se procede com os deficientes. Não precisaria tê-lo submetido a esse constrangimento. O consumidor não pode ser tratado de maneira vexatória”.
Outro lado
O Midiamax buscou informações com a assessoria de imprensa do Banco do Brasil, na Capital, e a resposta foi de que a instituição bancária não iria comentar o caso e sim, buscar contato com o cliente. |
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