Após prestar depoimento por três horas, o empresário João Amorim, deixou a sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) da mesma forma como entrou, logo pela manhã desta segunda-feira (5): sem falar nada com a imprensa. Tanto ele quanto o advogado não fizeram qualquer tipo de declaração.
Amorim é investigado pela Polícia Federal por fraude em licitação de obras públicas pela Operação Lama Asfáltica, e apontado pelo Gaeco, do Ministério Público Estadual, como chefe de esquema para compra de votos de vereadores durante o processo cassação do prefeito Alcides Bernal, do PP, em 2014.
Esta é a quarta vez que o empresário presta depoimento ao Ministério Público Estadual. A primeira vez ocorreu no último dia 30 de setembro, para a Força Tarefa, que apura as denúncias da Lama Asfáltica. Hoje, o depoimento foi para o coordenador do Gaeco, Marcos Alex Vera de Oliveira, que está a frente da Operação Coffee Break. As outras duas vezes também foram ao Gaeco.
Prisão
João Amorim, teve a prisão decretada na última quinta-feira (1º) pelo desembargador Luiz Cláudio Bonassini, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. A mesma decisão também valeu para o prefeito afastado Gilmar Olarte. As prisões ocorreram em função da Operação Coffee Break, do Gaeco. O magistrado acatou o pedido feito pelo Ministério Público Estadual, em que acusa o empresário e Olarte de comprarem votos de vereadores para cassar o prefeito em 2014.
No mesmo dia, Amorim se entregou à polícia, mas, na noite da sexta-feira (2), por meio de um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça, o empresário conseguiu deixar a Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros, local em que estava preso.
Depoimento
Amanhã (6), o promotor deverá ouvir o prefeito afastado Gilmar Olarte, do PP, que permanece preso no Presídio de Trânsito de Campo Grande. Olarte chegou a ser considerado foragido da polícia e se entregou na última sexta-feira (2), desde então, ele segue preso.
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