Bancários de Campo Grande entram em greve nesta terça-feira (6), acompanhando mobilização nacional da categoria. Na Capital, a expectativa é de que 100% das agências localizadas na região central da cidade não abram as portas à população, conforme informou a secretária geral do sindicato da categoria, Neide Maria Rodrigues.
O sindicato dos Bancários da região de Campo Grande abrange 27 municípios e reúne cerca de 3 mil funcionários. Só na Capital são 130 agências.
Neide Rodrigues explica que várias paralisações e mobilizações, além de reuniões em agências já foram feitas e, apesar de não ter informação sobre a adesão no primeiro dia do movimento, ela acredita que a insatisfação observada entre os bancários deverá fortalecer a greve ao longo das semanas.
A categoria reivindica um índice de 16% referente a reposição da inflação e ganho real de 5,7%. No entanto, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos)ofereceu apenas 5,5% de reajuste.
Outros pontos também compõem a pauta de reivindicação, como maior segurança nas agências bancárias, ampliação das contratações e fim do assédio moral relacionado a pressão no cumprimento de metas.
“Com o número menor de funcionários, acaba sobrando uma carga muito grande de trabalho para os demais”, reclama. Neide diz que só o Banco do Brasil desligou 3 mil funcionários este ano e não houve convocações do último concurso público. O quadro é semelhante na Caixa Econômica Federal.
Quanto a segurança nas agências, a secretária geral diz que este mês o sindicato conseguiu que o Bradesco atendesse um pedido antigo dos funcionários de quatro agências da Capital, que ainda não dispunham de porta giratória, o que causava temor em clientes e funcionários.
Na Capital não haverá nenhum ato específico para deflagrar a greve, porém, membros do sindicato estarão, a partir das 7 horas, nas agências do Centro, orientando a população sobre como proceder durante a greve, já que muitas empresas realizam o pagamento dos salários nesta terça-feira, considerada 5º dia útil para o comércio.
“O ideal é que as pessoas façam seus saques antes da greve, mas se não for possível, a saída será os caixas eletrônicos”, diz.
Interior – A greve também pode ser deflagrada na base do sindicato que reúne os bancários de Dourados e região, que inclui 12 municípios.
Os sindicalistas realizam nesta segunda-feira (5), uma reunião às 18 horas para apreciar uma possível nova contra proposta da Fenaban.
A categoria ressalta que os principais bancos do país tiveram um lucro de 36,1 bilhões somente no primeiro semestre deste ano, o que significa um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
As negociações tiveram início no dia 11 de agosto, com a entrega da pauta aos banqueiros, mas nenhuma proposta satisfatória aos bancários foi apresentada. A base do sindicato de Dourados é composta também por Caarapó, Juti, Fátima do Sul, Vicentina, Jatei, Glória de Dourados, Deodápolis, Rio Brilhante, Itaporã, Douradina, Nova Alvorada do Sul e Maracajú.
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