O deputado federal Carlos Marun (PMDB) não acredita que o PMDB será prejudicado com os efeitos da Operação Lama Asfáltica, que apura possível desvio de recursos na gestão do líder maior do partido, o ex-governador André Puccinelli (PMDB).
Marun é um dos pré-candidatos do partido e está otimista para a campanha, ainda que o partido corra risco com os efeitos negativos de possível condenação por conta da investigação sobre favorecimento em licitações e superfaturamentos do grupo de João Amorin nas obras em Mato Grosso do Sul.
O deputado prefere aguardar o resultado das investigações, esperando provas de que lideranças do partido não são culpadas. “Vamos ver o que realmente aconteceu no avançar destas investigações. Nosso desejo é que resulte provado que não existe envolvimento de pessoas que são caras a todos nós”, opinou.
Caso a expectativa se frustre, o deputado já tema defesa pronta, em possível candidatura. “Não é coisa do PMDB. Um governo é uma coisa muito ampla. Pode até comprovar, mas não é uma coisa sistêmica do PMDB. Vamos para o enfrentamento, se for o caso”, declarou.
Marun é um dos favoritos para concorrer a prefeito de Campo Grande pelo PMDB. O deputado ganha força por conta da desistência de quatro lideranças: André Puccinelli, Simone Tebet, Waldemir Moka e Marquinhos Trad. Os três primeiros citados não têm intenção de disputar e Marquinhos Trad é pré-candidato, mas quer sair do PMDB.
A Operação Lama Asfáltica é realizada por meio de uma parceria entre a Controladoria Geral da União, Polícia Federal e Ministério Público Estadual. O processo corre em segredo de Justiça e várias pessoas já foram ouvidas, incluindo André Puccinelli, João Amorin e o ex-deputado federal e secretário de Obras, Edson Giroto.
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