Pela primeira vez desde que foi implantado, em 2005, o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) registrará o valor de R$ 2 trilhões. A marca – que será alcançada às 11 horas desta quarta-feira (30) – representa o total pago em tributos (impostos, taxas e contribuições) pela população brasileira para a União, os Estados e os municípios.
“Se fossem melhor aplicados, R$ 2 trilhões em tributos pagos pelas empresas e cidadãos seriam mais do que suficientes para atender às necessidades de todos os brasileiros”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo).
Os tributos federais representam 65,95% da arrecadação de R$ 2 trilhões. Já os tributos estaduais equivalem a 28,47% e, os municipais, a 5,58%. Individualmente, o tributo de maior arrecadação é o ICMS (19,96% do total), seguido do INSS (19,18%), Imposto de Renda (15,62%) e COFINS (10,13%).
“É imprescindível uma reforma tributária no Brasil, que só poderá ser feita se houver solução satisfatória para a crise política, na urgência que o País requer”, acrescenta Burti.
O estudo divulgado pela ACSP mostra a arrecadação por tributo e aponta o que daria para fazer com R$ 2 trilhões. Entre as possibilidades estão construir mais de 90 milhões de casas populares, fornecer medicamentos para a população brasileira por mais de mais de 66 anos e pagar mais de 2,6 bilhões de salários mínimos.
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