No início da tarde desta sexta-feira (22), por volta do meio-dia, alguns policiais civis e militares se reuniram em frente ao PME (Presídio Militar Estadual), em apoio aos soldados do 1º Batalhão da Polícia Militar presos na terça-feira (19). Eles aguardam decisão do desembargador Carlos Contar, que vai deliberar sobre o habeas corpus que pede a liberdade dos militares.
O investigador da Polícia Civil, Felipe Zapata, irmão da soldado que foi presa, contou ao Jornal Midiamax que os policiais foram para suas igrejas fazerem orações para que o desembargador dê uma resposta positiva e favorável para que os militares possam ir embora para casa. “O protesto foi suspenso, mas vamos aguardar a resposta ao pedido de habeas corpus”, diz Zapata.
Os policiais devem se reunir novamente em frente ao prédio da PME por volta das 14 horas. “Tão logo sair a decisão favorável, nós vamos levá-los para casa em carreata, com o tratamento de herói que é o que eles merecem”, diz confiante o investigador Zapata. Segundo o policial civil, após a decisão que ele julga ser arbitrária, do juiz, os policiais estão nas igrejas em orações.
Habeas corpus
De acordo com o presidente ACS (Associação de Cabos e Soldados), Edmar Soares, na manhã desta sexta-feira foi protocolado um habeas corpus no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.
O presidente da ACS disse que pediu uma agenda com o desembargador Carlos Contar para explicar a situação dos policiais militares antes dele dar a decisão. “Nós acreditamos que a prisão será revertida porque a prisão é uma exceção e não uma regra. A Associação lamenta a decisão do juiz e respeita, mas é injusta”, declara Edmar.
Em relação à determinação do Comando Geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul assinada pelo comandante geral Deusdete Souza de Oliveira Filho, que os militares devem receber instruções antes da guarnição entrar em serviço e de serem acompanhado de oficiais em ocorrências consideradas de vulto ou de grande repercussão, ele disse que não vê como um problema e que todo o conhecimento é bem-vindo.
“Eu não vejo como represálias e é mais um alerta para os policiais serem mais prudentes”, conclui Edmar.
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