A deputada estadual Maria Antonieta Amorim, ex-esposa de Nelson Trad Filho, é investigada pela Polícia Federal por suposto envolvimento a organização criminosa investigada na Operação Lama Asfáltica. De acordo com o inquérito, Antonieta seria supostamente sócia de empresas envolvidas nas operações de desvio de recursos e lavagem de dinheiro investigadas na segunda fase da operação, intitulada Fazendas de Lama.
Devido o foro privilegiado, a parte do inquérito que cita a deputada foi desmembrada e tramita no TRF3 (Tribunal Regional Federal – 3ª Região) para apurar os fatos que envolvem o nome da parlamentar.
A reportagem do TopMídiaNews tentou entrar em contato com a deputada Antonieta Amorim, mas não obteve êxito até a publicação da matéria. A Assessoria de imprensa da deputada afirmou que trata apenas de assuntos referentes ao mandato parlamentar, não respondendo a questões de cunho pessoal. Antonieta se encontra de licença médica, aprovada pela Mesa Diretora da Assembleia legislativa.
O irmão de Antonieta, João Amorim é citado pela Polícia Federal, Controladoria Geral da União, Refeita Federal e Ministério Público Federal, como suposto mentor da organização criminosa especializada em desvio de recursos de obras públicas, pagamentos de propina e lavagem de dinheiro.
João Amorim e sua filha Ana Paula Amorim Dolzan tiveram decretada a prisão preventiva por trinta dias pela Justiça Federal após deflagrada a segunda fase da Operação Lama Asfáltica, intitulada fazendas de Lama, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo diversas fazendas dos investigados.
Deflagrada em de julho de 2015 para investigar uma quadrilha especializada em fraudar licitações de obras públicas, a operação apontou João Amorim como o criador de um verdadeiro conglomerado de empresas que atuaram em licitações junto ao Governo do estado e a Prefeitura de Campo Grande.
A Operação “Fazendas Lama” se concentrou no modo em que os recursos desviados pela organização criminosa eram ocultados e depois reinseridos na sociedade. De acordo com a polícia Federal, eram abertas empresas de pequeno porte, que depois distribuíam valores através de doação ou empréstimo para os envolvidos, que compravam fazendas, gado e imóveis urbanos.
A operação
Após dez meses da primeira fase, a segunda fase da Operação Lama Asfáltica promete desvendar os mistérios que envolvem contratos que ultrapassam R$ 2 bilhões. Conforme as investigações, os recursos foram 'maquiados e desviados' por uma organização criminosa especializada em desviar recursos públicos, inclusive verbas que vinham do Governo federal para o Estado.
O resultado da primeira fase destacou fortes indícios da prática dos crimes de lavagem de dinheiro e provenientes de corrupção passiva, com a utilização de mecanismos para ocultação de tais valores, como aquisição de bens em nome de terceiros e saques em espécie.
Segundo a operação, a organização atua no ramo de pavimentação de rodovias, construções e prestação de serviços nas áreas de informática e gráfica.
Os 201 policiais que deram início a segunda fase da operação fizeram busca e apreensão na casa do ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB) e cumpriram mandados de prisão contra João Amorim, sua sócia Elza Amaral, Edson Giroto e sua esposa, Rachel Giroto.
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